sábado, 15 de setembro de 2012

Câncer de Chávez e colonização da Venezuela: verdade ou mentira?


Ontem eu recebi uma correspondência de uma amiga venezuelana que faz mudar todo o panorama político das eleições presidenciais que ocorrerão no próximo 7 de outubro na Venezuela. Trata-se de uma carta escrita por um cubano que diz trabalhar no CIMEQ (Centro de Investigaciones Médico Quirúrgicas), o hospital onde Chávez fez suas cirurgias e tratamento contra o câncer, e que por motivos óbvios se identifica apenas com iniciais. Não tenho meios de afirmar que o escrito seja absolutamente fidedigno e conforme os fatos, como tampouco o descarto, como mais uma das tantas versões que se tem dado ao caso. Como o estado de saúde do ditador venezuelano é algo que desde o início prima pelo secretismo e o mistério, e o que mais se noticiou foi histórias controversas, resolvi traduzir tal correspondência apenas como registro, caso venha a se confirmar posteriormente.

É curioso notar, no entanto, que para quem foi apontado como tendo uma prognóstico sombrio que lhe dava uma sobrevida até as eleições ou no máximo logo após estas, Chávez continue em campanha e no último Encontro do Foro de São Paulo, ocorrido em Caracas, tenha discursado durante 2 horas seguidas, em pé, numa tribuna. É humanamente impossível que uma pessoa com um câncer tão agressivo lhe corroendo as entranhas tenha demonstrado tamanha disposição, sem sequer cambalear ou mostrar fraqueza na voz. Para não enfadar os leitores não publico o vídeo, mas quem tiver paciência (e estômago) pode vê-lo completo no encerramento desse encontro aqui, que tem duração de 3:54:32 h., e Chávez fala a partir de 1:47:03. 

Com relação à mensagem do cubano, vale a pena também lembrar de outra correspondência que recebi, onde se alerta para a mega-fraude que Chávez prepara para estas eleições utilizando os bons ofícios dos irmãos ditadores Castro. Há alguns anos publiquei no Notalatina a informação de que Chávez estava construindo um túnel com cabos submarinos que ligava Venezuela a Cuba e assim, TODAS as comunicações ocorridas na Venezuela seriam vistas - e controladas - pelos Castro. Nessa campanha Chávez vem alardeando que vai ganhar de Capriles por mais de dez milhões de votos e a forma que ele encontrou para conseguir esta cifra, sem que os venezuelanos votem nele, é utilizando esse cabo submarino, segundo comenta-se. 

Acessando o site do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e introduzindo o número da Cédula de Identidade, descobre-se os dados do votante, inclusive seu domicílio completo e a localização de sua mesa de votação. Pois bem, ali pôde-se ver que cidadãos cubanos, residentes e domiciliados em Havana, estão inscritos para votar EM CUBA nas eleições presidenciais da Venezuela. E numa entrevista muito interessante que o analista político venezuelano Eric Eckvall concedeu a Juana Isa, da TV Martí de Miami, o assunto abordado é sobre as máquinas de votação e a possibilidade de fraude que Chávez está preparando. Recomendo que vocês assistam a essa entrevista, onde ele também comenta a respeito desses dez milhões de votos.

O misterioso cubano fala de todas essas coisas no texto que traduzo abaixo e que soam muito verossímeis. Até 7 de outubro há que se atar todos esses cabos, mas em se tratando de comunistas, descobrir suas reais intenções e planos é o mesmo que procurar uma agulha no palheiro. Uma coisa porém é certa e clara: a participação de Chávez no infame “acordo de paz” entre o traidor presidente Juan Manuel Santos e as FARC, tem o objetivo único de reforçar sua campanha eleitoral que despenca a cada semana, e legalizar, oficialmente, a proteção que ele oferece a este bando narco-comuno-terrorista colombiano. Na próxima edição eu volto com este tema escabroso das FARC. Fiquem com Deus e até a próxima!

Assim caminha a violência da campanha eleitoral de Chávez: em Puerto Cabello, seus seguidores encendeiam o carro de som do opositor Capriles, destróem um carro e apedrejam os eleitores de Capriles. Na foto, de Alexis Crespo, pode-se ver um homem com pedras na mão, cujo movimento indica que vai lancá-la

Versão muito próxima da verdade

"Não sei muito bem por que estou fazendo isto. Sou cubano, vivo em Cuba e devo permanecer calado, tenho que permanecer calado. Escrever esta mensagem me custou várias visitas a lugares para alugar máquinas e escrever aos pedacinhos para que não saibam que eu ando nessa coisas. Digo que não sei porquê faço mas creio que sei: porque quero alertar as pessoas incautas que acreditam no comunismo como uma saída para seus problemas. Eu também acreditei. 

Tenho 62 anos e desses, mais de 30 transcorreram limpando chãos e lavando banheiros nos hospitais de Havana sem pensar em um futuro melhor e tratando de me convencer de que estudando e me preparando e gritando palavras de ordem em louvor a ele, minha vida ia mudar para melhor. Não foi e já sei que não será assim. Por algumas coisas que me atrevi a dizer em voz alta, nunca pude deixar de esfregar o chão, apesar de meus títulos e meus estudos.

Porém, de algo me serviu. Serviu para me desentranhar de uma das mentiras mais cruéis da história recente. Uma das quais moveu a maior quantidade de dinheiro e serviu para a maior corrupção que olhos humanos jamais viram: a suposta enfermidade grave do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Trabalho no CIMEQ, um excelente hospital de Havana que está fechado para o tratamento do povo, salvo exceções de gravidade. É o centro onde se disse muitas vezes que Chávez estava sendo tratado. É o centro de “reclusão” dos tempos em que Chávez e Fidel prepararam com detalhes insuspeitos sua infame história

É certo, Hugo Chávez passou várias semanas em uma suíte do CIMEQ à qual NINGUÉM tinha acesso, salvo seu chefe, alguns de seus ministros (os mais achegados) e duas de suas filhas. Nas oportunidades em que sua mãe foi vê-lo, só esteve na suíte menos de 5 minutos e nunca sozinha. Melhor dizendo, a única pessoa que estava lá sozinho era Fidel. Todos os demais, em 90 por cento das vezes, estavam acompanhados pelos esbirros do regime, aqueles cuja fidelidade a toda prova custou milhões de dólares venezuelanos. Porém, de tudo se sabe e se você nunca foi a Havana, você não sabe como é fácil comprar e vender consciências neste país de fome.

O que aconteceu? Muito simples de explicar: Chávez teve um câncer muito benigno, um tumor na próstata que se atendeu rapidamente e se resolveu. Esse tratamento produziu umas queimaduras na zona inguinal que causaram muitos aborrecimentos, sobretudo porque, por não ter sido um tratamento tradicional, nunca se soube se foi efetivo ou não. Também teve um pequeno problema no osso da bacia (na cabeça do fêmur, exatamente) como conseqüência de um erro médico.

Até aí é verdade. Acreditem vocês ou não. Meu dever é contar. Os analistas políticos do regime cubano, que são os que mandam na Venezuela, e os assessores brasileiros que a Venezuela paga caríssimo para Cuba e Fidel (são os que conseguiram o embarque de “ajuda humanitária” procedente dos Estados Unidos e estão negociando o fim do conveniente embargo), descobriram que na Venezuela a onda de rumores desatada em razão dos primeiros avanços da enfermidade, deixou o povo e o governo da Venezuela muito loucos.

Enquanto isso e para “prevenir problemas”, Chávez recebeu o mesmo tratamento com células-mater (extraídas de soldados venezuelanos que chegavam a Havana de madrugada e em silêncio total) que em seu tempo Fidel também recebeu (da mesma fonte, certamente). O resto fizeram algumas falsas “fontes”: pessoal de inteligência que posava como enfermeiros, médicos, trabalhadores, esposas de militares de alto grau e delatores (todos de mentira), e revelavam a alguns jornalistas, escolhidos pelo G2, as mesmas “notícias” sobre a suposta gravidade. Estes jornalistas, venezuelanos uns e peças-chave do exílio em Miami, outros, publicaram o que acreditavam ser notícias certas sob a assessoria de um médico supostamente venezuelano que exerce sua profissão em uma cidade da Flórida. Este médico é na realidade um personagem da contra-inteligência cubana e venezuelana que recebeu uma importante quantidade de dólares venezuelanos para contribuir com o rumor do câncer terminal. A propósito deste médico, que voltou a aparecer recentemente, ainda lhe restam algumas declarações para dar, devido a um contrato não escrito, pago a preços muito elevados que mantém com o G2 e os órgãos de Inteligência cubana. Isso foi o que sucedeu. Sim, o presidente da Venezuela esteve um pouco doente, passou seu susto mas está 100% recuperado e nada do que dizem é correto.

Aqui faço um parênteses para um comentário: lembro, perfeitamente bem, que ao final das doses de quimioterapia Chávez afirmou que estava 100% curado e, de fato, seu aspecto e disposição demonstravam que ele estava bem, não parecia uma pessoa com câncer e muito menos em estágio terminal como se propagava. Depois, nunca mais ele voltou a dizer que estava curado nem falou da doença. Com relação aos jornalistas, lembro que o renomado Nelson Bocaranda, em seu “Run Runes”, sempre afirmou ter um “contato médico” em Cuba que lhe informava - secretamente e sob riscos - sobre a “real situação” de Chávez. 

O que digo é verdade e me consta. Eu estou dentro do CIMEQ e lá dentro tudo se sabe e tudo se repete. Vocês não imaginam o que é isso. Para que se fez todo esse complô? Muito simples: Chávez e Fidel necessitavam de tempo para negociar três dos grandes acordos de cooperação que se porão em prática quando Chávez ganhar as eleições. Foi uma negociação dura, na qual Chávez tinha coisas a perder e Fidel tinha exigências muito difíceis de cumprir, inclusive para Chávez e Nicolás Maduro, verdadeiro homem de Chávez e delfim do comandante de Havana.

Esses três acordos são: 

1. A dupla nacionalidade de cubanos e venezuelanos. Segundo parece (não posso dizê-lo com segurança), um dos fundamentos da cooperação cubana-venezuelana é a dupla nacionalidade, não só dos habitantes de ambos os países, senão de seus bens e de seus recursos. Embora se poderia ver como Cuba se converterá em uma colônia venezuelana, a verdade é que é o contrário, pois quem impõe condições é Cuba e o Governo venezuelano as acata. Os venezuelanos poderão viajar a Cuba sem passaporte e vice-versa, e o mais importante: os cubanos poderão ir e vir entre Caracas e Havana com mais liberdade do que entre Cienfuegos e Havana. Do mesmo modo, o dinheiro e os bens da Venezuela terão a mesma sorte. Afinar os detalhes dessa perigosa conflagração foi o que demorou o anúncio, aqui em Cuba, das reformas às pesadas leis de imigração que regem há mil anos.

2. O orçamento comum: fiel ao anterior, Cuba e Venezuela discutem a possibilidade de estabelecer uma moeda única, (com o CUC como exemplo) e isso foi uma super trave. A idéia é que a economia de um país seja espelho da outra e alguns assessores venezuelanos desaconselharam isso, pois acreditam que a economia venezuelana é mais forte e poderia ver-se afetada. Fidel não transige e ofereceu retirar seu apoio irrestrito a Chávez, que está tão apaixonado por Fidel que está a ponto de dar as ordem necessárias para que com os aspectos econômicos se proceda a formalização de uma só pátria, espécie de CubaZuela.

3. A reforma migratória venezuelana: é um ponto gélido, pois alguns assessores venezuelanos (pouquíssimos, pois é um plano bastante bem guardado) se opõem. Consiste em repetir as proibições que todos os cubanos têm para sair do país desde há mais de 40 anos, com o objetivo de dizimar a oposição e as classes mais poderosas, primeiras a ir-se do país, no caso em que uma medida deste tipo se imponha e, além disso, dar passagem livre aos negócios do narco-tráfico entre ambos os países, pois se reduziria quase à sua mínima expressão o tráfego aéreo em Caracas e isso facilitaria muito os embarques de droga. A idéia é que, com exceção de Cuba como destino, os venezuelanos residentes na Venezuela não possam ter um passaporte em seu nome e não possam viajar a nenhum destino, a menos que um gabinete especial do Governo os autorize.

Um assunto que quase esqueço: com a dupla nacionalidade os cubanos, 10 milhões de pessoas, poderiam votar na Venezuela. Lembram-se dos 10 milhões de vantagem?

Aí lhes deixo essa informação. São cabos atados em dias de trabalho no CIMEQ e que chegaram até mim ou por ter escutado alguns comentários isolados da boca dos protagonistas, ou porque alguém de nosso grupo de limpadores e enfermeiros comentava, enquanto o Comandante Chávez esteve descansando e trabalhando várias proposições deste tipo com Fidel e mais ninguém. As fotos dele passeando com suas filhas e tudo isso eram montagens cuidadosas. Na realidade, as filhas estavam em outro lugar (uma luxuosa casa de protocolo) levando a grande vida, e vinham ao hospital quando havia oportunidade ou necessidade de foto.

Suponho que se descobrirá. É a mentira mais infame e a ação mais maligna que governante algum tenha jamais posto em prática. E o fez (me consta) guiado por Fidel Castro (a única pessoa a quem Chávez ouve e obedece). O que Castro quer é o dinheiro da Venezuela. O que Chávez quer é uma espécie de Império Caribenho com ele como imperador. Chávez está doente, sim. Mas da cabeça. De megalomania e de poder. Todo o resto, leia-se: o câncer terminal, a irreversibilidade de suas doenças e as intensas dores são mentira. Uma mentira infame muito bem montada pelos incrivelmente bem desenvolvidos, bem pagos e bem substanciados aparatos de inteligência do poder cubano.

Rogo-lhes difundir este e-mail e ter cuidado. Haverá sinais que afirmem o que digo aqui. H.L.A.

Deus abençoe a Venezuela!"

Aí está um relato absolutamente plausível e convincente. Lembro que, logo que surgiram os primeiros boatos do câncer de Chávez e depois a confirmação feita publicamente por ele mesmo, muita gente não acreditou e pensou que se tratava de mais um golpe tramado desde Cuba. O primeiro a levantar essa suspeita foi o jornalista venezuelano Rafael Poleo e eu também pensei o mesmo, considerando a máxima da “combinação de todas as formas de luta”, empregada largamente por todos os regimes comunistas. A mentira, para esta gente, é mercadoria de valor utilitário que é usada sempre e quando “a causa” necessitar, mesmo que se invente uma doença dessa gravidade. Vamos ver se se confirmam essas denúncias tão atrozes mas, espero em Deus, que no dia 7 de outubro este delinqüente seja desmascarado e banido definitivamente do governo da Venezuela e passe o resto de seus malditos dias na prisão, que é lugar de malfeitores, pagando por todos os seus abomináveis crimes.

Tradução e comentários: G. Salgueiro