sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pacto Venezuela-Irã: o perigo dos mísseis nucleares

O Notalatina traz hoje - abrindo uma exceção, mais uma vez - a tradução de um artigo que revela fatos gravíssimos que não será publicado pelos principais jornais brasileiros, e que não pode ficar restrito ao conhecimento de meia dúzia de pessoas. Trata-se de informações sobre as relações Venezuela-Irã, acerca de armamento nuclear, em que o Irã pretende instalar bases de mísseis na tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai, no Panamá, e tendo como protótipo a Venezuela, como foi Cuba nos anos 60 para a extinta URSS. 
Este tema diz respeito a todo o nosso continente, uma vez que o objetivo do Irã com esses mísseis nucleares é atacar Israel, de quem o ditador muçulmano Ahmadinejad já declarou que devia ser “varrido do mapa”. O autor do artigo, Pepe Eliaschev, é argentino e naturalmente preocupa-se com a conivência/leniência de seu governo, sobretudo com a destruição gradual das Forças Armadas, mas não podemos nos esquecer que a tríplice fronteira inclui também o Brasil. Vale ainda lembrar que no ano passado o ditador iraniano esteve em visita oficial ao Brasil, e que nesse encontro firmaram-se vários acordos que não foram divulgados ao público, como sempre e, por isso, não sabemos até onde vai o envolvimento do Brasil com estes projetos.
O perigo estende-se por todo o nosso continente, considerando que a Venezuela fez um “pacto de defesa mútua” com a Bolívia do ignorante índio cocalero, onde faculta-se à Força Armada Nacional e Bolivariana, Exército da Venezuela, entrar em solo boliviano e assumir sua “defesa”, somando-se a isso a prospecção das jazidas de Lítio que o Irã está fazendo na Bolívia na fronteira com o Chile. E esta prospecção ocorre na zona em que a Bolívia deseja que lhe seja concedida uma saída soberana ao Oceano Pacífico. É interessante lembrar também, que devido às sanções do Conselho de Segurança da ONU, Moscou decidiu não entregar ao Irã um lote de mísseis S-300 e, imediatamente, Chávez se ofereceu como comprador.
Há ainda no final desta edição, uma série de quatro vídeos documentais - inéditos no Brasil - elaborados por Intereconomia TV, sob o título “La Cárcel Roja: El imperio de Chávez en Venezuela” (A prisão vermelha: o império de Chávez na Venezuela), onde mostra-se com clareza a ditadura comunista instalada naquele país. Há depoimentos importantíssimos, como o de Nedo Paniz, que foi amigo e assessor de Chávez desde o falido golpe de 1992, que lhe ofereceu abrigo quando saiu da prisão e que revela seu testemunho das alianças de Chávez com as FARC desde que assumiu o primeiro mandato, conforme é do conhecimento de todos. A esse respeito ele conta que certo dia chegou um sujeito ao Palácio de Miraflores querendo falar com Chávez e, ao ser perguntado de quem se tratava, não quis se identificar, dizendo apenas que “ele sabe quem é”. Ao ser informado, Chávez disse que queria falar com o tipo a sós. Dias depois, de volta a uma visita à Colômbia, Chávez lhe apresenta um jornal colombiano com a foto do tal sujeito morto nas ruas onde se dizia que era um terrorista das FARC. Este senhor há muito rompeu relações com Chávez.
Constam ainda os depoimentos de Indira Ramírez, esposa de Alejandro Peña Esclusa e da juíza María Lourdes Afiuni, ambos encarcerados fraudulentamente. Diante de tudo isso, fiquei me perguntando: o quê Juan Manuel Santos está pretendendo com suas alianças com um criminoso amigo de terroristas como Chávez? Ele SABE que esses fatos existem comprovadamente mas preferiu lançar não uma pá, mas um caminhão de cal sobre as evidências, como se varrendo o entulho para baixo do tapete ele deixasse de existir, pondo em risco a segurança e a democracia de toda a Colômbia e traindo seus 9 milhões de eleitores que sabem que Chávez é um dos piores inimigos de seu país.
Amigos: esta edição ficou um pouco longa mas INSISTO para que leiam a assistam aos vídeos porque, com a continuação deste partido no poder e com uma terrorista que foi saudada pelo chefão das FARC Alfonso Cano,  como mandatária, tudo isto tem a ver conosco e com o futuro democrático do nosso país. Fiquem com Deus e até a próxima!

Venezuela e Irã armam uma base militar
Pepe Eliaschev
Os 4.500 milhões de dólares que o governo do Irã começou a injetar em sua maquinaria internacional, para fortalecer drasticamente sua influência e operações na América do Sul, poderiam configurar um grave e preocupante novo cenário para a Argentina. Ingnora-se se a embaixada argentina em Caracas e a cúpula da Secretaria de Inteligência mantêm a presidenta Cristina Kirchner informada destes assuntos, que a essas horas mistura turismo, negócios e protocolo pelo volátil Oriente Médio.
De repente, em Teerã, o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad aguarda o ano novo persa (1390), que celebra-se em março, para deslocar essa massa de recursos ao fortalecimento da Guarda Revolucionária, da milícia Basij e, sobretudo, da Força Quds de ações especiais. Esta estrutura militar tem o encargo de incrementar substancialmente suas ações em três teatros principais de influência: a tripla fronteira argentino-paraguaia-brasileira, Panamá e Venezuela.
 O comandante da Força Quds, Qassem Soleimani, acaba de aprovar a nomeação de 150 posições de staff na América Latina durante 2011, incluindo cargos burocráticos no quartel general, assim como posições operativas na região. Como parte dessa massa de US$ 4.500 milhões, Soleimani transferiu US$ 87 milhões para a Força Quds destinados a ser usados na América Latina, incluindo 7 milhões de dólares para financiar ações da unidade de operações internacionais do Hizbulah nesta região.
No Irã comenta-se que Soleimani vê a América Latina como um cenário de enorme potencial para os interesses do seu país, pelo qual os recursos a injetar devem estar a altura desse diagnóstico. Para Soleimani, a Força Quds (sobretudo ações violentas de Hizbulah em ultramar) têm hoje um poderio maior em zonas onde habitam comunidades de origem chiita. Ahmadinejad teve a ousadia de subtrair esse orçamento de uma vasta rede de infra-estruturas civis do Irã, uma decisão assombrosa que os serviços de inteligência da Europa e América do Norte coincidem em atribuir ao propósito de confrontar, sobretudo, a intranqüilidade social que ferve na República Islâmica. Na visão de organismos de inteligência, o regime de Ahmadinejad quer potencializar a Força Quds para revigorar suas ações irregulares e clandestinas em vários continentes.
Quds é o organismo militar que funciona como braço subversivo da Guarda Revolucionária em vários lugares do mundo, onde desenvolve ações ou logística a serviço de operações terroristas comumente anti-ocidentais e especialmente anti-judeus.
A aprovação da gigantesca re-designação orçamentária foi avalizada pelo líder religioso do Irã, o ayatolá Alí Kamenei, e está sendo implementada por dois poderosos comandantes da máquina militar de Ahmadinejad: o chefe da Guarda Revolucionária, Mohamed Alí Kaafri, e o da Força Quds, Soleimani. O dinheiro para lubrificar com luxo a projeção iraniana no mundo será extraído de orçamentos originalmente designados à reabilitação e manutenção de infra-estruturas civis, como energia elétrica, gás, estradas e água potável.
A situação econômica do Irã é difícil e vem se agravando pelas sanções internacionais contra o ambicioso programa nuclear de Teerã. Porém, o regime optou - segundo a leitura dos que seguem de perto os acontecimentos desse país, zelosamente encobertos pelos serviços de contra-inteligência iranianos - por destinar mais recursos à sua ação clandestina global, seriamente prejudicada nos últimos meses após se descobrir uma formidável rede de contrabando de armas e narcotráfico montada por Teerã na africana Nigéria (assunto revelado em “Desinteligencias”, PERFIL, 19.12.2010). Essa massa de recursos gotejará inexoravelmente agora rumo às ações do Irã na América Latina, cuja evidente base estratégica é a Venezuela de Hugo Chávez. Dois altos oficiais do Estado-Maior da Guarda foram detidos recentemente na Nigéria: o comandante da brigada africana da Força Quds, Alí Akbar Tabatabaei, e Azim Aghajani.
Em 10 de dezembro passado, dez congressistas norte-americanos haviam pedido à chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que tratasse de deter o fortalecimento da aliança entre Chávez e o Irã, alarmados pelas crescentes versões, até agora não confirmadas, de uma espécie de base iraniana em território venezuelano. “Estamos alarmados pelas versões que denunciam a existência de mísseis iranianos na Venezuela que se agregam a outros projetos, como a criação de bancos binacionais manejados por Caracas e Teerã, acordos petroleiros e contratos de negócios. Porém, agora temos elementos de juízo para afirmar que Chávez e Ahmadinejad trabalham para desenvolver ações militares conjuntas, assim como para desdobrar em terra sul-americana mísseis de alcance intermediário, operados por esquadras de ambas as nacionalidades”, denunciaram os legisladores.
Em sua edição do passado 25 de novembro, o influente diário alemão Die Welt revelou que o Irã planeja desdobrar mísseis de grau intermediário em solo venezuelano. A revelação do diário berlinês baseia-se em informações de fontes ocidentais, que teriam detectado que o acordo Caracas-Teerã foi assinado durante a última visita do caudilho vitalício da Venezuela, Chávez, ao Irã, em 19 de outubro último.
A hipótese de trabalho manejada por fontes européias é que justo quando os membros da OTAN acordaram em sua cúpula de Lisboa (19-20 de novembro último) desenvolver uma capacidade defensiva missilística conjunta para proteger povos e territórios europeus dos 28 países do Pacto, contra eventuais ameaças de lançamento de mísseis provenientes do Irã, a contra-ofensiva dos ayatolás consiste em estabelecer uma base estratégica no coração do hemisfério ocidental, que evoca o que foi tentado pela União Soviética em 1961-1962, quando estendeu vetores com ogivas nucleares em Cuba.
 Segundo Die Welt, o acordo venezuelano-iraniano permitiria que mísseis Shahab 3 (com um alcance de 1.300 km a 1.550 km), Scud-B (de 285 km a 330 km) e Scud-C (entre 300 km e 700 km) fossem posicionados pelo Irã na base a ser construída na Venezuela. Isto inclui treinamento de oficiais venezuelanos em tecnologia missilística.
Um documento do Supremo Conselho de Segurança, submetido ao presidente Ahmadinejad e ao líder espiritual Alí Kamenei há poucos meses, recomenda que se ponha em prática um plano estratégico iraniano-venezuelano para fortalecer a capacidade de dissuasão iraniana frente aos Estados Unidos e/ou nações que tenham relações estreitas com Washington.
A idéia é explícita: o Irã quer pisar firme em terra sul-americana e para tal propósito sua agenda inclui questões nucleares, assim como outros assuntos de importância estratégica. No começo de novembro último uma delegação de engenheiros iranianos especializados em mísseis terra-terra, teria visitado a Venezuela para começar o planejamento de um projeto binacional que deveria se concretizar em fatos no final de 2011.
Em troca da permissão para operar em terra venezuelana, Teerã teria se comprometido não só com o desenvolvimento de um projeto de mísseis terra-terra entre ambos os países baseado em know-how de Teerã, mas também nos Shahab 3, um míssil propulsado com combustível líquido e feito sobre a matriz do míssil norte-coreano Nodong, com um alcance de 1.300 km a 1.500 km.
O Irã fabrica mísseis terra-terra com alcance entre 285 km e 700 km. Oficiais venezuelanos estão sendo formados no Irã, segundo revelações de serviços de várias nações, nem todas ocidentais, nas instalações da Universidade Sharif de Teerã, um bunker acadêmico severamente compartimentado e guiado pelos serviços clandestinos do regime. A agência russa Novosti recolheu em fins de 2010 palavras de Igor Korotchenko, chefe de um think tank moscovita que monitora o comércio de armas, revelando um negócio por mísseis S-300 com a Venezuela que Caracas teria pago em espécie.
Moscou já concedeu a Caracas vários créditos para a compra de material bélico russo, incluindo um recente acordo por US$ 2.200 milhões para comprar 92 tanques T-72M1M, sistemas de lança-foguetes Smerch e outra metalurgia bélica. Em várias capitais comenta-se que se o Irã não conseguir os S-300 diretamente da Rússia, Chávez bem que os poderia facilitar. Estes assuntos não parecem inquietar o governo argentino, em que pese que o recente saque à base aérea de El Palomar patenteia a frágil situação que a capacidade defensiva deste país atravessa, sobretudo frente às ameaças - potenciais ou efetivas - provenientes do “ex” sócio íntimo do casal Kirchner.



La Cárcel Roja El imperio Chávez de Venezuela - Parte 1


La Cárcel Roja El imperio Chávez de Venezuela - Parte 2


La Cárcel Roja El imperio Chávez de Venezuela - Parte 3


La Cárcel Roja El imperio Chávez de Venezuela - Parte 4


Comentários e traduções: G. Salgueiro

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Desmascarados os crimes "bolivarianos" com provas em vídeo

O Notalatina ficou muito tempo sem atualização em decorrência de uma encomenda de tradução que me ocupou por bastante tempo. Aproveito a oportunidade, para informar aos leitores e amigos que aceito encomenda de traduções de livros, artigos e textos diversos, e quem tiver interesse em contratar meus serviços profissionais deixe um recado na seção de comentários do blog, com nome e e-mail, que faço contato eliminando a mensagem para preservar seu autor. Como não sou subvencionada por nenhuma entidade, nem partido político ou ONG, mas vivo do produto do meu trabalho, tenho que correr atrás do meu pão de cada dia honestamente.
Informo ainda aos cara-de-pau e espírito de porco que, malgrado os bilhetinhos azedos e cheios de ranço invejoso - que naturalmente não publico porque meu blog não é penico -, que não vou parar com o trabalho que desenvolvo há abençoados 9 anos ininterruptos, e que nunca fiz “previsões” de coisa alguma porque não sou vidente, nem mãe-de-santo e muito menos cartomante. O que escrevo aqui são análises e relatos de fatos que a imprensa invariável e criminosamente omite dos leitores, sempre embasados em fontes primárias e/ou de informações que generosamente alguns amigos do exterior me enviam.
A edição de hoje traz dois artigos difundidos por Fuerza Solidaria e UnoAmérica que eu reputo da maior importância, porque as estratégias adotadas contra os opositores aos governos ditatoriais da Bolívia, Venezuela e Cuba são as mesmas praticadas aqui, pelo Partido-Estado, mas que, como vivemos em um país continental com quase 200 milhões de habitantes, a maioria da população não percebe ou não toma conhecimento. Os estudiosos do Foro de São Paulo, do movimento terrorista-revolucionário mundial e mais especificamente em nosso continente Ibero-Americano entendem do que falo.
Quero também deixar meu profundo e sincero pesar pela tragédia que se abateu na região serrana do Rio de Janeiro, e meu mais absoluto asco e repúdio ao tratamento dado pelas “autoridades” quando, sabendo com antecedência de 3 dias através de um informe da NASA, não fizeram NADA para evitar que tantas vidas fossem ceifadas tão miseravelmente. Às crianças cujas vidas foram criminosamente abreviadas, que Deus as guarde entre Seus Anjos.
Estes dois artigos são complementares e reforçam o que foi denunciado na ocasião, sobretudo por UnoAmérica que apresentou o “Informe Pando” e que o Notalatina acompanhou de perto, inclusive com informações e vídeos exclusivos que podem ser vistos ou revistos buscando nos arquivos ao lado a partir de abril de 2009. No vídeo que vocês assistirão no final desta edição (agradeço os bons ofícios do meu amigo “Cavaleiro do Templo”, meu fiel escudeiro), fica comprovado que um marginal de alcunha “O Velho” recebeu 31.500 dólares para prestar um falso testemunho, incriminar inocentes e provocar o assassinato de três estrangeiros. É clara a voz do agente do Estado boliviano recomendando ao “Velho” que “não faça bobagens”, que “fuja imediatamente pela fronteira da Argentina” que em Buenos Aires há alguém o esperando. Alerta, ainda, que “as estatais estão pedindo medidas cautelares” e que eles vão ficar “caladinhos” por pelo menos seis meses e “não vão poder fazer nada”, naturalmente para que não se saiba que o crime foi encomendado e praticado pelo governo e não estragar os planos. Lembro ainda que, naquela ocasião, todos os governos membros do Foro de São Paulo e da UNASUL (que no final são a mesma coisa) apoiaram a farsa planejada por Cuba e Venezuela, cujo índio cocalero é servo fiel, reforçando a condenação de inocentes.
Mas não há nada sob o sol que seja oculto aos olhos de Deus, e a verdade sobre toda esta imundície e barbárie protagonizada por estes malfeitores de colarinho branco, seu Lula à frente, vai ser escancarada perante os olhos da humanidade. E Deus os julgará a todos, de um por um, e lhes dará os frutos do mal que espalharam. Fiquem com Deus e até a próxima!
“O escândalo na Bolívia nos dá razão”
UnoAmérica

Ignacio Villa Vargas, cognome "O Velho", recebendo o suborno
por parte de um funcionário do Estado
Bogotá, 15 de janeiro - O escândalo suscitado na Bolívia em razão do suborno a uma “testemunha estrela”, para incriminar dirigentes opositores em um “complô terrorista”, dá toda razão às denúncias que UnoAmérica efetuou na ocasião.
Os fatos são os seguintes: 
1. Em 16 de abril de 2009, um grupo da polícia boliviana se introduziu no Hotel Las Américas, localizado em Santa Cruz, e assassinou Eduardo Rózsa, Michael Dwyer e Árpad Magyarosi.
2. O governo boliviano argumentou que estes três estrangeiros estavam envolvidos em um “complô para assassinar Evo Morales e para cindir Santa Cruz do território boliviano”.
3. Segundo o governo, dirigentes opositores cruzenhos estavam envolvidos no complô. Como prova, apresentou o testemunho da “testemunha estrela” Ignacio Villa Vargas, cognome “O Velho”, chofer de Rózsa.
4. UnoAmérica denunciou naquela ocasião que o triplo assassinato no Hotel Las Américas era uma manobra do governo boliviano para desviar a atenção do “Massacre de Pando”, orquestrado pelo próprio governo para defenestrar o governador Leopoldo Fernández e para tomar o controle do estado de Pando.
UnoAmérica acusou o governo de Evo Morales ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), por ter planejado e executado o “Massacre de Pando”.
UnoAmérica também denunciou que, com o triplo assassinato, o governo pretendia criminalizar a oposição cruzenha, para justificar uma perseguição feroz contra seus adversários políticos.
5. Em resposta às nossas denúncias, o governo boliviano também implicou UnoAmérica no suposto “complô separatista”, alegando falsamente que um de nossos delegados, Jorge Mones Ruíz, havia se reunido com Eduardo Rózsa.
6. Em 29 de abril de 2009, a Embaixada dos Estados Unidos enviou um cabo (filtrado por WikiLeaks), identificado com o número 204756, onde assegura que o governo boliviano armou um falso complô para “assassinar” o presidente Evo Morales e depois culpar seus adversários, dentre eles UnoAmérica.
A Embaixada dos Estados Unidos afirma que Rózsa e seus companheiros foram contratados pelos serviços de inteligência bolivianos para montar uma falsa trama terrorista e justificar a perseguição desatada depois contra os dirigentes de Santa Cruz e contra UnoAmérica.
7. No passado 13 de janeiro, o portal boliviano Erbol difundiu um vídeo (ver abaixo), onde se mostra um funcionário do Estado entregando à “testemunha estrela”, Ignacio Villa Vargas, cognome “O Velho”, um suborno de 31.500 dólares.
O que demonstra que nunca houve um “complô terrorista” para assassinar Evo Morales, que foi uma manobra do governo para se desfazer de seus opositores e para encobrir o “Massacre de Pando”.
Frente aos fatos acima relatados, UnoAmérica estabelece duas observações: 
1. Se os bolivianos desejam recuperar sua democracia devem estudar a fundo os atos de violência suscitados em Pando, porque foi com essa matança que começou a ofensiva do governo boliviano para destruir o Estado de Direito. Nesse sentido, recomendamos revisar detidamente o Informe de UnoAmérica a respeito, disponível aqui.
2. A utilização de “testemunhas estrela”, previamente subornados pelo oficialismo para perseguir e julgar os adversários políticos, é um modus operandi desenhado em Cuba e implementado pelos governos pertencentes à ALBA.
Atualmente, o Presidente de UnoAmérica, Alejandro Peña Esclusa, está injustamente encarcerado na sede da polícia política venezuelana, como resultado das supostas declarações da “testemunha estrela” Francisco Chávez Abarca, que foi enviado de imediato a Cuba para que seu testemunho não pudesse ser verificado.
Esperamos que estas escandalosas revelações sirvam para motivar os cidadãos da Bolívia e da Venezuela, a lutar mais arduamente por suas liberdades.
As “testemunhas estrela” da ALBA
* Alejandro Peña Esclusa



Os regimes pertencentes à ALBA utilizam um método perverso - desenhado em Cuba - para se desfazer de seus adversários políticos. O método consiste no seguinte:
Primeiro, o regime escolhe uma ou várias figuras da oposição e as converte em alvo de sua operação. Segundo, realiza-se uma campanha sustentada por calúnias para criminalizar esta pessoa. Terceiro, funcionários do Estado cometem algum delito e depois denunciam a vítima. Quarto, oferece-se dinheiro a uma “testemunha estrela” para que preste falso testemunho contra a vítima. E quinto, o regime faz uso de policiais, procuradores e juízes corruptos para julgar e condenar sua vítima.
Já expliquei antes como funciona a campanha de calúnias para destruir um adversário, porém, um escândalo suscitado na Bolívia lança luzes sobre o tema dos falsos testemunhos.
Em 13 de janeiro passado difundiu-se um vídeo que mostra um funcionário boliviano entregando 31.500 dólares a Ignacio Villa Vargas, cognome “O Velho”. O falso testemunho de Villa foi usado durante quase dois anos para perseguir e encarcerar dezenas de dirigentes opositores a Evo Morales, por estarem supostamente envolvidos em uma “tentativa de magnicídio” e em um “complô terrorista internacional”.
Villa também implicou no suposto complô, o delegado de UnoAmérica na Argentina, Jorge Mones Ruíz. Suas declarações fraudulentas foram utilizadas pelos governos da Argentina, Bolívia, Cuba e Venezuela, para difamar e criminalizar UnoAmérica.
Porém, Ignacio Villa Vargas é apenas uma das muitas testemunhas compradas para condenar gente inocente. Recentemente, Alexis Peñuela, testemunha-chave no rumoroso caso do assassinato de Danilo Anderson, declarou que o ex-Fiscal Geral da Venezuela, Isaías Rodríguez, lhe ofereceu 500 milhões de bolívares para depor contra os irmãos Rolando e Otoniel Guevara, os quais sofrem hoje injustamente uma condenação de 27 anos.
Giovanny Vásquez, outra testemunha estrela do caso Anderson, confessou publicamente que havia prestado falso testemunho durante o julgamento. Porém, o esclarecimento chegou muito tarde, porque seu testemunho serviu para encarcerar vários venezuelanos inocentes, dentre eles Nelson Mezerhane, acionista de Globovisión, e para forçar a jornalista Patricia Poleo ao exílio.
Testemunhas similares foram utilizadas para condenar a maioria dos prisioneiros políticos venezuelanos, como o General Felipe Rodríguez, e os delegados Iván Simonovis, Lázaro Forero e Henry Vivas.
Na Colômbia, as FARC (as quais são integrantes não-oficiais da ALBA) recorrem a falsas testemunhas para incriminar heróis militares. Esse método se conhece com o nome de “falso positivo”.
O problema com este tipo de testemunhas é que - por serem delinqüentes de pouca monta - não são confiáveis. Por isso, os regimes da ALBA decidiram tirar a máscara e proceder de maneira mais descarada. Para condenar o deputado José Sánchez Mazuco, o regime venezuelano recorreu a uma testemunha encapuzada, assim que não há modo de se saber qual é sua verdadeira identidade, nem de questionar seu testemunho.
Meu próprio encarceramento está fundado no testemunho de um ladrão de carros salvadorenho, Francisco Chávez Abarca. Suas declarações, nas quais me implica em um suposto complô, nem sequer aparecem no processo; a única coisa que aparece é um informe policial sobre o que supostamente disse o salvadorenho.
Se meus advogados quisessem confrontá-lo, para desmentir seu testemunho, simplesmente não poderiam porque Chávez Abarca foi “convenientemente” enviado a Cuba, depois de me incriminar.
O método que os regimes da ALBA usam para condenar vítimas inocentes é muito eficiente, porém ao final se derruba porque está repleto de inconsistências. Por isso, queria dar ânimo a meus companheiros prisioneiros políticos da América, porque logo se abrirão as grades para os que se encontram injustamente encarcerados.




Traduções e comentários: G. Salgueiro