sexta-feira, 21 de maio de 2010

Coronel Nicaragüense revela nexos dos Castro com narcotráfico - até hoje!

Desde o ano de 2002, quando traduzi o livro “La Mafia de La Habana”, tomei conhecimento de que Fidel Castro estava metido até a medula com os negócios do narcotráfico. Nesse livro do físico e PhD em engenharia elétrica pela Universidade do Texas onde vive como exilado político desde 2000, Luis Grave de Peralta Morell conta como o tráfico de drogas proveniente da Colômbia se fazia em águas internacionais, no mar do Caribe. Como o DEA estava muito próximo de descobrir as conexões dos Castro com Pablo Escobar, Fidel sacrificou um de seus mais brilhantes generais, o General Arnaldo Ochoa, despistando as investigações e fazendo de Ochoa seu bode expiatório. Não preciso dizer que este livro nunca foi publicado no Brasil, porque não há, até o presente momento, nenhuma editora disposta a se queimar perante a Nomenklatura brasileira. Vale salientar que, como bom comunista que era, Ochoa aceita a acusação e se afirma culpado – sabendo-se inocente -, com a certeza de que receberia a pena máxima, ou seja, o fuzilamento, do mesmo modo que faziam os militares soviéticos nos fraudulentos julgamentos de Stalin.

Pois bem, no começo deste mês recebi um artigo do excelente blog Punt de vista, do jornalista cubano Joan Antoni Guerrero Vall, no qual ele apresenta revelações feitas pelo coronel nicaragüense que pertenceu ao Exército Sandinista, Víctor Boitano, hoje já na reserva. No final indicava um link para acessar a entrevista mas não tive sorte, pois ele já fora retirado do ar. Nos dias 18 e 19 últimos a jornalista cubano-americana, María Elvira, levou este coronel para ser entrevistado em seu programa “María Elvira Live”, descoberta feita por meu amigo Alex, o Cavaleiro do Templo, e que ofereço aos meus leitores em 4 vídeos que seguem abaixo do artigo de Joan Guerrero. O que segue no texto do blog de Guerrero segue a mesma linha do revelado à María Elvira.

As revelações que este coronel faz são surpreendentes (não tanto para mim que já conhecia a história pelo livro do Luis Grave), sobretudo porque ele afirma que ainda hoje continuam as “transações comerciais” entre as FARC e os Castro, cita nomes, datas, apresenta documentos e por duas vezes fala que os aviões carregados de coca posaram em aeroporto do Brasil. Repeti o trecho mais de uma vez para me certificar e é isto mesmo que ele afirma. Assistam aos vídeos e leiam o que diz no artigo. Na próxima edição volto a falar nas relações obscenas entre Chávez, FARC, ETA e do Complô contra a Colômbia que faz a asquerosa moleca de recados das FARC, “Teodora Bolívar”, em giro pela Europa há quase um mês. Fiquem com Deus e até a próxima!

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Fidel Castro, peça-chave do narcotráfico com Pablo Escobar

Revelações de Víctor Boitano, ex-coronel do Exército nicaragüense, realizadas hoje na emissora radiofônica Actualidad 1020 AM, em entrevista com o jornalista Nelson Rubio, põem Fidel Castro em relação direta com o narcotráfico de Pablo Escobar na América Central. A ditadura castrista recebia dinheiro de Escobar em troca de oferecer proteção às rotas do narcotráfico pelo Caribe até os Estados Unidos e México. O ex-coronel Boitano – que teve relação direta com o general cubano Arnaldo Ochoa – denuncia que Fidel Castro “embolsou” 400.000 dólares que os sandinistas esperavam para combater os “Contra”. O ex-coronel denuncia “as atrocidades e crimes políticos de Daniel Ortega durante a época da revolução até o dia de hoje, e o vínculo deste com o narcotráfico”, além de que “nunca se desvinculou das FARC, lhes dá asilo de forma secreta e operam no tráfico de armas e drogas em Manágua”.

“A revolução sandinista, em conchavo com Fidel Castro, construiu um triângulo de colaboração com Pablo Escobar, que tinha como epicentro Manágua e Panamá, porém principalmente Manágua, onde se fizeram muitos carregamentos e onde receberam grandes quantidades de dinheiro. Pablo Escobar deu dinheiro à Frente Sandinista, através de Daniel Ortega, a Manuel Noriega e a Fidel Castro”.

Nessa entrevista, ele explica que teve “relação de trabalho com grupos subversivos, tanto o M-19 como narcotraficantes, assim como pessoas dos movimentos de esquerda da Guatemala, El Salvador e Honduras. Era encarregado então de dar proteção a eles em determinados pontos daqui de Manágua”.

“Tenho conhecimento de tudo por várias reuniões de trabalho mantidas com o general cubano, Arnaldo Ochoa, chefe de Fidel Castro para suas relações com Pablo Escobar, e conheci muitas entranhas desta situação, e a Escobar pessoalmente aqui em Manágua. De fato, tive oportunidade de estar em uma casa de segurança onde ele vivia e onde chegavam altos dirigentes dos movimentos subversivos de esquerda envolvidos nestes planos. Ele vivia em Montefresco, na parte sul de Manágua”.

Esta trama, para a qual Fidel Castro havia enviado Arnaldo Ochoa, abriu um escritório no Panamá, “que simulava ser um escritório de interesses econômicos, porém era na realidade um escritório de controle do narcotráfico em conjunto com Pablo Escobar”.

O ex-coronel assegura que a primeira transação que se fez foi pela quantidade de 300 milhões de dólares. Desta maneira, Escobar se assegurava de “abrir a rota do narcotráfico do Caribe com apoio da Força Naval de Cuba, a da Nicarágua e vôos no Panamá, e garantir essas rotas para que chegassem aos Estados Unidos”.

Sobre a participação direta de Raúl e Fidel Castro nesta trama, o ex-coronel aponta que entregaram 400.000 dólares a Arnaldo Ochoa para que Cuba mandasse “armamento para combater os Contra, porém nunca chegaram porque Fidel mandou chamá-lo e embolsou os 400.000 dólares. Porém, depois os Estados Unidos descobriram o plano que tínhamos aqui; pediu aos governos e nenhum cumpriu. Então Fidel vai a Noriega e pretendeu invadir a Nicarágua, mas não pôde, para capturar os envolvidos e estabeleceu em Cuba uma reunião com Fidel Castro para que entregasse os militares envolvidos. Fidel se livrou disso, disse que ele não havia envolvido seus militares, coisa que não era certa e, em represália, apesar de que não os ia entregar, os ia fuzilar, como efetivamente fuzilou Arnaldo Ochoa, um dos irmãos de la Guardia e vários mais lá em Cuba, em um famoso julgamento que o que pretendeu foi encobrir totalmente Fidel Castro para que não ficasse em evidência ante os Estados Unidos. Tinha medo de que os Estados Unidos o capturasse em qualquer aeroporto do mundo”.

Toda esta situação, assegura, se mantém atualmente: “Sim, claro, aqui há uma grande estrutura do ETA, tem base social como restaurantes, narcotraficantes, que têm negócios, movimentos subversivos das FARC que trabalham com Daniel Ortega estreitamente. Este país é o eixo do tráfico de armas para a Colômbia e o eixo do tráfico de drogas para os Estados Unidos e México”.

A entrevista continua com informações sobre Manuel Zelaya e suas vinculações com o narcotráfico, além de outros assuntos. O ex-coronel denuncia que assessores cubanos estavam ajudando Zelaya a montar uma “estrutura totalitária como a de Ortega na Nicarágua”.

Entrevista exclusiva com o coronel Víctor Boitano – Parte I

Entrevista exclusiva com o coronel Víctor Boitano – Parte II

Entrevista exclusiva com o coronel Víctor Boitano – Parte III

Entrevista exclusiva com o coronel Víctor Boitano – Parte IV

Tradução e comentários: G. Salgueiro