terça-feira, 23 de junho de 2009

UnoAmérica denuncia Evo Morales por crime de lesa-humanidade

Hoje é uma data muito importante, não só para o futuro da Bolívia como para todo o nosso continente. Acaba de ser entregue à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da ONU, em Washington, uma denúncia sobre os crimes de lesa-humanidade cometidos pelo presidente cocalero Evo Morales e seus ministros de Estado, no episódio que ficou conhecido como o “Massacre de Pando”.
Para os que acompanham o Notalatina este fato é conhecido, pois fiz na ocasião uma cobertura dos eventos que a mídia brasileira, com exceção do estado do Acre - indiretamente envolvido no conflito -, só divulgou a versão fraudulenta de Morales, e o Informe Mattarollo encomendado pela UNASUL, cujos presidentes são todos membros do Foro e São Paulo, exceto o presidente Uribe. Quem não tomou conhecimento do assunto na época, ou quem já esqueceu do que se trata, basta clicar aqui e assim poder compreender a importância deste ato ocorrido hoje em Washington.

O Informe de Pando, que foi entregue à CIDH hoje, reveste-se de uma magnitude por ser a primeira vez que uma entidade, no caso UnoAmérica, entende que não dá mais para aceitar de cabeça baixa as imposições de tiranos comunistas que reescrevem a história, cometem crimes de assassinato, fraudam, desrespeitam os mais comezinhos direitos da pessoa humana e ficam impunes. Não tenho lembrança de alguém tornar pública uma denúncia que desmascare esses presidentes do Foro de São Paulo e seus incontáveis crimes e que eles sejam julgados, condenados e depostos de seus cargos por isso. Vejo sim, uma esquerda raivosa, histérica, mas muito bem articulada, acionar suas redes transversais a qualquer sinal de ameaça aos seus planos criminosos. E isto é tão verdadeiro que, quando começou-se a falar que a UnoAmérica estava elaborando um relatório com este objetivo, vários sites comunistas publicaram artigos de conhecidos articulistas sinistros tentando diminuir o impacto e criminalizando os autores da denúncia com mentiras, calúnias e histórias fraudulentas que jamais foram provadas. Basta que os leitores revejam a edição anterior a esta para confirmar o que estou dizendo – e eu apresentei provas!

Então, convido-os a lerem a nota abaixo, de autoria de Alejandro Peña Esclusa, Presidente de UnoAmérica, em que ele explica resumidamente de que trata este documento. Acrescento que me orgulho de pertencer à UnoAmérica e de ser signatária deste Informe, cujo conteúdo integral encontra-se já disponível no site do Heitor De Paola, bastando clicar em “resumo da acusação” no texto abaixo para conhecê-lo integralmente. E parafraseando o que dizia meu falecido e muito querido amigo Hoarcio Zaratiegue, “quando deixemos de ser covardes, estes presidentes do Foro de São Paulo deixarão de ser valentes”.

Fiquem com Deus e até a próxima!

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ONGs de direitos humanos filiadas à UnoAmérica acusam Evo Morales por delitos de lesa-humanidade

*Alejandro Peña Esclusa

Washington, 23 de junho – Representantes de várias Organizações Não-Governamentais (ONGs) latino-americanas acorreram esta manhã à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), localizada nesta capital, para acusar o governo boliviano por delitos de lesa-humanidade. Tais ONGs estão filiadas à União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica.

No passado mês de março, ativistas de direitos humanos provenientes da Argentina, Colômbia, Venezuela e Uruguai, realizaram um informe exaustivo sobre os atos de violência suscitados em setembro de 2008 no estado de Pando, e concluíram que os massacres perpetrados em El Porvenir e em Cobija foram planejados e executados por funcionários do governo boliviano; entre eles, o Vice-Presidente da República, Álvaro García Linera, e o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana com pleno conhecimento do presidente Evo Morales.

UnoAmérica publicou ontem em sua página eletrônica um resumo da acusação, onde afirma que: “Primeiro, a agressão foi planejada; segundo, a incursão foi noturna; terceiro, os agressores eram forasteiros; quarto, usou-se táticas militares; quinto, o objetivo era assassinar, lesionar, seqüestrar, torturar e encarcerar um setor da população por sua forma de pensar (opositores ao governo); sexto, violou-se o direito ao julgamento justo e ao devido processo; sétimo, negou-se o direito à informação (Habeas Data); e oitavo, em alguns casos, os corpos de segurança do Estado usaram armas de guerra para agredir cidadãos civis desarmados, e em outros, houve omissão cúmplice por parte dos funcionários militares e policiais”.

Nessa ocasião, o governo boliviano culpou a oposição pela violência, particularmente o governador de Pando, Leopoldo Fernández, que ainda permanece encarcerado injustamente até a presente data.

UnoAmérica assegura que “planejar enfrentamentos violentos e posteriormente culpar a oposição – para assim criminalizá-la e persegui-la – converteu-se em um modus operandi do governo de Evo Morales. Fatos similares aos de Pando ocorreram anteriormente em Cochabamba e em Sucre”, diz o Informe.

A acusação foi entregue na sede da CIDH pelo deputado Wálter Arrázola Mendivil (Bolívia), pelo advogado e defensor de direitos humanos Jaime Arturo Restrepo (Colômbia), o ativista de direitos humanos Iván Restrepo (Colômbia) e o presidente de UnoAmérica, Alejandro Peña Esclusa, em representação das ONGs que elaboraram o Informe.

O documento foi redigido pelo Dr. Jaime Arturo Restrepo e está subscrito por: Asociación de Familiares Víctimas del Terrorismo (Perú), Asociación de Víctimas Civiles de la Guerrilla Colombiana, Centro de Estudios por los Derechos Humanos de Uruguay, Federación Verdad Colombia, Fundación Orión (Venezuela), Movimiento por la Verdadera Historia (Argentina), a ONG 1810 (Argentina), Asociación Civil Fuerza Solidaria (Venezuela), o diputado Wálter Arrazola Mendivil (Bolivia), a Drª. Graça Salgueiro (Brasil), a Drª. María Fernanda Cabal (Colombia), o Dr. Marcelo Cypriano Motta (Brasil) e o Sr. Josué Meneses (Perú).

* Presidente de UnoAmérica

Tradução e comentários: G. Salgueiro