sexta-feira, 1 de agosto de 2008




O Notalatina não costuma divulgar integralmente matérias de jornais mas estas que posto hoje são extremamente importantes para que se conheça como funciona a mente revolucionária e com que cinismo eles mentem, distorcem fatos, prevaricam e ainda riem de seus atos como se fizessem uma “pequena travessura”. A introdução que se segue à minha chamada foi escrita pelo amigo Carlos Reis, gaúcho de boa cepa que conhece melhor que ninguém todos os delinqüentes que assombraram e persistem assombrando o Rio Grande do Sul como zumbis apodrecidos. As fotos são respectivamente do terrorista vulgo “Oliverio Medina” (esq.), o desembargador Rui Portanova (centro) e Selvino Reck (dir.)
Fiquem com Deus e até a próxima!

Zero Hora, com grande constrangimento, foi obrigada a contar aos seus leitores e com 15 anos de atraso, as ligações do PT e dos comunistas brasileiros com o narco-tráfico e a guerrilha comunista das FARC. Cheio de condicionais, supostos e supostamentes, Zero Hora teve que revelar o óbvio, o que até as galinhas sabem: o promíscuo, íntimo e caloroso afeto que as esquerdas brasileiras têm pela guerrilha comunista latino-americana. Não se trata de flerte como insinua Humberto Trezzi, é amor mesmo, e antigo!

Mas ainda continua defendendo o regime de esquerda acentuando frases mentirosas no dia do grande constrangimento. Por exemplo, o PT e as esquerdas brasileiras (PSOL, PSTU, PPS, PSB, PC do B, e PSDB) nunca condenaram as FARC e as chamaram pelo nome - terroristas; Lula chamava o governo Alvaro Uribe de terrorismo de Estado. Já esqueceram isso também? Marco Aurélio Garcia nega a sua própria existência, pois sua função precípua no goveno Lula é servir como embaixador do Foro de São Paulo, dos qual as FARC são o braço armado e violento.

A mentira do Direitos Humanos para companheiros guerrilheiros tem que ser revelada agora. O que é o CONARE (Comite Nacional para Refugiados) senão um ninho de comunistas de plantão para livrar o rabo de comunistas pegos em encrencas? E o STF não sabia disso? Arthur Virgílio e Heloisa Helena do PSOL não sabiam disso? E a Dilma Roussef, ainda é candidata preferida do Foro de São Paulo? Se depender da Mona e da Tilica, ela é mesmo!

Mas Zero Hora, bem ou mal, parcialmente revelou o que já sabíamos há anos, embora a íntegra da revista “Cambio” só tenha saído (por enquanto) na edição eletrônica do jornal. Quem sabe no domingo, no segundo caderno, ou ainda entre os classificados?

A propósito, morreu mais uma múmia comunista e stalinista de Brasilila. Ô mortezinha bem recebida para disfarçar o constrangimento de se estar ao lado dos apoiadores do narco-tráfico e dos mantenedores da campo de concentração na selva! Silêncio obsequioso em lugar de “grande constrangimento” seria uma expressão pouco adequada. Acho que é luto mesmo!Tomara que chegue logo as Olimpíadas Totalitárias de Pequim!

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OS LAÇOS BRASIL-FARC

Recebi um representante das FARC no gabinete

Entrevista: Rui Portanova, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

O desembargador gaúcho Rui Portanova, 58 anos, se define como “homem de esquerda” e se tornou conhecido como um dos expoentes da chamada Justiça Alternativa. O magistrado soube ontem por Zero Hora que mensagem das FARC o aponta como “amigo nosso” e não demonstrou surpresa.

- Mantive contato durante meses com eles, por e-mail. Tinha curiosidade por saber como vivem - justifica Portanova.

Uma resposta de acordo com a biografia de Portanova, famoso por decisões favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Em 2003, em palestra no Fórum Social Mundial, disse que os juízes só marginalizam os movimentos sociais se quiserem, “porque não faltam leis para promover a justiça social”. Em 2004, assinou um manifesto de intelectuais brasileiros intitulado “Se fôssemos venezuelanos votaríamos em Hugo Chávez”. O abaixo-assinado, defendendo a reeleição do venezuelano, é endossado por líderes de esquerda como João Pedro Stédile, líder do MST.

Nesta entrevista, por telefone, o desembargador relatou como e porque se relacionou com integrantes das FARC:

Zero Hora - Como começou seu contato com as FARC?

Rui Portanova - Foi quando o governador Olívio Dutra (PT) recebeu no Palácio Piratini um representante das FARC (Hernán Ramírez, em 1999). Pediram contato com algum juiz de esquerda, sobrou para mim. (Risos). Sempre fui conhecido como alternativo, apesar de não ter vínculos com partidos. Afinal, sou juiz. Recebi o sujeito no meu gabinete no tribunal. Perguntei a ele como estavam, como viviam na selva, se tinha como ir. Disse que conhecia bem os acampamentos do MST...

ZH - O senhor se ofereceu para conhecer os acampamentos da guerrilha?

Portanova - Sim, sim. Queria ver como sobrevivem. Como eu tinha algumas milhagens de avião sobrando, me ofereci para bancar a própria viagem. Aí mantive contatos por e-mail, durante meses. Quando estava para sair a viagem, deu um problema de data, não lembro bem. Acabei nunca indo. Fiquei com um pouco de medo, para ser sincero. O revolucionário brasileiro e gaúcho aqui, que chamam de juiz comunista, acabou se borrando todo, tchê. (Risos).

ZH - Por quê?

Portanova - A coisa não estava boa por lá. A tal “zona liberada” tinha acabado. Aí não fui. Mais uma que perdi. Outro foi o Chávez, por quem assinei um manifesto em favor da reeleição. Ele esteve em Porto Alegre e até recebi convite para almoçar com El Gran Comandante. Mas aí estava na praia. Acabei não vendo o grande comandante.

ZH - O senhor acha normal um desembargador brasileiro manter contatos com uma guerrilha? O senhor contribuiu com dinheiro para as Farc?

Portanova - Acho normal, foi por curiosidade. Não contribuí com dinheiro, apesar de muito juiz de direita contribuir com deputados por aí.

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Selvino Heck explica contato do governo com as FARC

Relação se resumiu a medida para transferência de prisão de representante da guerrilha no Brasil, diz assessor

O assessor da Presidência da República Selvino Heck explicou na manhã desta sexta-feira matéria da revista colombiana Cambio sobre suposta relação entre o alto escalão do governo brasileiro e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Heck concedeu entrevista ao programa “Atualidade”, da Rádio Gaúcha. Segundo ele, a maior proximidade que houve entre o governo e a guerrilha colombiana foi o contato de entidades de direitos humanos sobre as condições de detenção do padre colombiano Olivério Medina, considerado o representante das FARC no Brasil.

— Foi apenas um gesto de apoio a um preso — salientou.

A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) recebeu denúncia da Cruz Vermelha e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito de Medina estar detido no Presídio da Papuda, em Brasília, em meio a traficantes e outros criminosos (E ele o que é, um anjo? Uma vestal imaculada?). As entidades queriam que o padre fosse transferido para uma “prisão compatível”, conforme Heck. A seguir, o pedido foi encaminhado pelo assessor e, a seguir, acatado.

Heck afirmou que não tem contato com o padre, atualmente. Disse saber somente que Medina está em Brasília e teria pedido naturalização. O governo da Colômbia pedia sua extradição, mas ela foi negada pela Justiça brasileira, de acordo com Heck.

Outros setores do governo brasileiro também negaram ter relações com as FARC. A assessoria do Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Celso Amorim não teve contato com representantes das FARC, como aponta a revista, de acordo com o site G1. Já o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, classificou a reportagem de “fantasiosa”.

A revista afirma que teve acesso a e-mails do guerrilheiro Raúl Reyes, tido como porta-voz das FARC e morto pelo exército colombiano em março. Nas mensagens, estariam mencionados “cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz superior” brasileiros.

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Brasil-Farc: citação do desembargador gaúcho provoca reação cautelosa no Judiciário

Para presidente da Ajuris, opiniões devem ser respeitadas

Humberto Trezzi

A citação do desembargador gaúcho Rui Portanova na reportagem que aponta conexões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no Brasil provocou reação cautelosa de seus colegas no Judiciário.

Procurado por Zero Hora, o Tribunal de Justiça do Estado, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que não se manifestaria sobre o caso por avaliar que se trata de tema de foro íntimo. O silêncio se repetiu na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Apenas o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Carlos Marchionatti, aceitou se posicionar sobre a proximidade de Portanova com os guerrilheiros. Segundo ele, cada brasileiro tem o direito de ter opinião e ideologia, o que, para ele, deve ser respeitado.

— Como presidente da Ajuris, reafirmo que nossa Constituição promove a solução pacífica de conflitos. A situação da Colômbia deve ser resolvida pelo povo colombiano — afirmou Marchionatti. (Sentando confortavelmente em cima do muro!)

Um desembargador aposentado e amigo de Portanova se mostrou surpreendido com os contatos do magistrado com os representantes das FARC. Ele afirma que Portanova é um profissional respeitado nacionalmente por suas posições favoráveis a um Judiciário mais sensível às questões sociais.

— É considerado um magistrado extraordinário e avançado.

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O flerte da guerrilha com o Planalto (flerte ou amor?)

Uma constelação de integrantes do governo brasileiro e do PT tem mantido diálogos freqüentes com a maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Quem afirma é a revista semanal colombiana Cambio, em edição que chegou às bancas ontem. As conversas incluem promessas de intermediação para que os guerrilheiros consigam status diplomático.

Em reportagem de capa intitulada “Dossiê Brasil”/em>, o semanário Cambio divulga trechos do que seriam 85 e-mails trocados entre Raúl Reyes, ex-porta-voz internacional das FARC, e outros integrantes da guerrilha. Entre esses, Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como padre Olivério Medina ou Cura Camilo (Padre Camilo), que atua como delegado das FARC no Brasil. As conversas, supostamente encontradas num laptop pertencente a Reyes, mencionam integrantes do PT e até Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Cambio ressalva que “nenhum dos funcionários brasileiros enviou mensagens a algum dos membros do grupo guerrilheiro” e considera os e-mails “apenas indícios” de um possível comprometimento do governo Lula com as FARC. Os e-mails teriam sido localizados pelos militares que mataram Reyes, membro do secretariado-geral das FARC. As mensagens foram trocadas entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008.

Reyes - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano, em 1º de março - menciona nos e-mails “cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro (secretário-geral de ministério), cinco deputados, um vereador e um desembargador brasileiros”, contabiliza a revista.

O desembargador é o gaúcho Rui Portanova, que atua na 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Conforme a revista, em 19 de abril de 2001 um integrante das FARC de codinome Mauricio Malverde informa, por e-mail, a Reyes que “o juiz superior Rui Portanova, amigo nosso, nos solicitou que deseja ir aos acampamentos para receber instrução e conhecer a vida das FARC. Custeia sua viagem”. O desembargador confirma que se ofereceu para conhecer as FARC.

Portanova não é o único rio-grandense mencionado nos supostos e-mails. Nas mensagens, Medina afirma ter mantido contatos com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o assessor presidencial Selvino Heck, ambos gaúchos e ligados ao PT. Sobre Garcia, um dos e-mails de Medina a Reyes, sem data conhecida, afirma: “Estive falando com a deputada federal Maria José Maninha. Acertamos que ela vai me abrir caminho rumo ao Presidente, via Marco Aurelio García”.

Em outro e-mail, de 23 de fevereiro de 2007, Medina informa a Reyes: “É possível que me visite um assessor de Lula, chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante”.

Medina, autor da maioria dos e-mails enviados a Reyes desde o Brasil, foi preso em São Paulo em agosto de 2005. Vivia em território brasileiro havia oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial, por ser casado com uma brasileira. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a ele o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.

Entre os interlocutores de Medina, segundo a revista Cambio, estariam o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital brasiliense Erika Kokay (PT), além de Gilberto Carvalho. Também são mencionados nos e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano.

Assessor de Lula condenou métodos de guerrilheiros

Algumas mensagens foram escritas durante as negociações de paz, que resultaram na criação - 1998 e 2002 - de uma área de 42 mil quilômetros quadrados liberada para atuação da guerrilha, em San Vicente del Caguán. Os guerrilheiros recebiam ali simpatizantes de vários países.

Entre os que moravam na “zona liberada” estavam o líder máximo das FARC, “Manuel Marulanda” ou “Tirofijo”, que foi morto em março deste ano. E o chefe militar das Farc, “Mono Jojoy”, cujo nome verdadeiro é Jorge Briceños.

A reportagem diz que as mensagens “revelam a importância do Brasil na agenda externa das FARC”. A revista diz que a guerrilha aproveitou a chegada de Lula e do influente PT ao poder “para alcançar as mais altas esferas do governo” (Isto aqui é puro desconhecimento da revista, pois Lula e o PT mantinham relações siamesas com estes terroristas, através do Foro de São Paulo há 18 anos. Portanto, não precisavam nem de intermediários, nem de burocracias para se aproximar de quem sempre foi íntimo).

Em depoimento em abril à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas FARC, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico. Garcia classificou como “fantasiosa” a reportagem, mas não negou o conteúdo das mensagens.

HUMBERTO TREZI - humberto.trezzi@zerohora.com.br

Comentários: G. Salgueiro e Carlos Reis

Finalmente começa a vir à tona o envolvimento do Brasil com as FARC. Desde maio deste ano, quando o INTERPOL confirmou em relatório a autenticidade dos documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes, eu fui informada de que havia documentos muito comprometedores do governo brasileiro em poder do FBI e do presidente Uribe mas não comentei porque não tinha em mãos documentos comprobatórios, embora a fonte fosse idônea. Em princípio o presidente Uribe não iria fazer uso dessas informações por questões diplomáticas, considerando as boas relações comerciais entre nossos países – o que pesa muito nas decisões -, inclusive os aviões que deram combate ao acampamento de Raúl Reyes eram os nossos Super Tucanos da Embraer.

Em entrevista concedida ao Estadão domingo passado, o ministro da Defesa colombiana, Juan Manuel Santos, disse: “Há uma série de informações de conexões, que entregamos ao governo brasileiro, para que ele possa reagir como considerar mais apropriado”. O “dossiê”, cujo conteúdo foi revelado em parte hoje pela revista “Cambio”, fora entregue a Lula quando em visita àquele país, por ocasião da festa da Independência entre os dias 18 e 20 de julho. Quero destacar a sutileza – e firmeza de postura - de Uribe e de seus principais colaboradores, pois eles sabem perfeitamente bem com quem estão lidando, sabem que o Brasil é o principal signatário do Foro de São Paulo (e conhecem em detalhes o que é e o que faz esta organização), sabem do envolvimento destes com as FARC mas agem como se nada soubessem. Nesta visita de Lula, Uribe consentiu em integrar o Conselho Sul-Americano de Defesa mas não se iludam porque ele avisou que “as decisões têm que ser por consenso” e já demonstrou fartamente que segue as orientações dos SEUS ministros e FFAA. Se algo fugir da esfera comercial, estejam certos de que a Colômbia cai fora.

É importante salientar ainda que a revista “Cambio” pertence ao grupo do jornal “El Tiempo”, que é de propriedade da família do ministro Santos e que, se o material foi publicado (e é matéria de capa desta semana que entra), foi com o seu consentimento. Especulo que isto foi uma “agulhada” para ver se o Brasil toma alguma providência, pois nenhuma medida fora tomada até então, desde o conhecimento do fato há uma semana.

E este foi mais um fato que a mídia brasileira resolveu divulgar, porém, como das outras tantas em que falam de FARC ou Foro de São Paulo, fazem com o espírito de morcego que morde e sopra, fingem bater e apontar o dedo acusador para depois afagar, cúmplices, abjetas, servis. É impressionante como em três jornais que li a informação é rigorosamente igual, sem mudar uma só palavra, dando a impressão de que um (o UOL foi o primeiro a publicar) traduziu algumas coisas do original, foi passado pelo crivo da PTPol e depois liberado para os outros, não sem antes ser de higienicamente filtrado. O fato é que, fingindo que informam a relação do Governo, do PT e de figurões governamentais com as FARC, esses jornalecos escondem o principal, o mais revelador. Quem se dispõe a investigar, entretanto, vai descobrir que o dossiê é muitíssimo mais grave do que fingidamente alegou Marco Aurélio Garcia (MAG) quando o menosprezou considerando-o de “irrelevante”.

A revista “Cambio” teve acesso a 85 e-mails (o que não é pouco) dentre eles alguns do pseudo-padre Oliverio Medina. Esses, que revelam seus planos para conseguir o status de refugiado, quem interferiu no processo e confirma o “arranjo” para abrigar a família em Brasília, a mídia brasileira não revelou. Medina diz viver de “doações de amigos e um pró-labore como secretário do Centro de Estudos Latino-Americanos, numa salinha onde ele e outros três militantes preparam panfletos sobre a história do continente distrubuídos a escolas carentes nas cidades-satélite da capital brasileira”, segundo reportagem do jornal O Globo de 8 de julho deste ano. Segundo ele, “quem recebe o benefício do refúgio tem que ficar na sombra”, demonstrando uma falsíssima humildade e mudança de comportamento que nunca teve, inclusive porque, enquanto finge estar fazendo um trabalho educativo, está mesmo é doutrinando jovens inexperientes sobre sua maldita ideologia comuno-terrorista. E tudo ali, nas barbas do governo, que cala e consente porque é cúmplice do crime.

Vejam o que dizia um dos e-mails dele para Raúl Reyes, em 14 de abril de 2007, gozando já do status de refugiado:
“Devo atuar com cautela para não facilitar ao inimigo argumentos que levem a questionar o refúgio. Nesse sentido, ter conseguido o traslado da ‘Mona’ e da ‘Timbica’ (explico mais adiante quem são) para a capital do país, foi importante. Manterei esse baixo perfil até a neutralização. Obtida esta, terei passaporte brasileiro e a primeira coisa que devo pensar é em ir vê-los”. Quer dizer, este terrorista assassino nunca mudou de conduta, como disse ter “abandonado as armas” para conseguir a liberdade perante o CONARE. O texto original desta declaração pode-se ver na página 4.

No início de junho Diogo Mainardi denunciou neste artigo que a mulher de Medina, Angela Maria Slongo, havia sido contratada pela Presidência da República para ocupar um cargo comissionado no Ministério da Pesca, a pedido de Dilma Roussef. Esta apressou-se em desmentir mas, posteriormente, a revista Veja publicou numa matéria cópia do bilhetinho desta terrorista indicando a mulher de Medina para o caso. Agora é o próprio Medina quem confessa, em mensagem encaminhada a Raúl Reyes em 17 de janeiro de 2007, revelado pela revista “Cambio”; leiam:
“Na segunda-feira 15 a ‘Mona’ (‘Mona’ é a mulher, e ‘Timbica’ é a filha do casal) iniciou seu emprego novo e para assegurá-la ou fechar a passagem à direita caso em algum momento queiram aborrecê-la, então a deixaram na Secretaria de Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República”. (Nota original na página 3). Ou seja, diretamente ligada ao sr. da Silva que, certamente, não sabia de nada disso, sequer que dona Slongo é mulher do terrorista das FARC...

E as notas mais cínicas ficam por conta de Gilberto Carvalho, assessor direto do presidente Lula (já observaram que este elemento é citado em tudo quanto é patifaria que vem sendo descoberta?), e do poderoso MAG. As declarações desta dupla são tão cínicas que não resistem a uma pesquisa de menino de primário. Carvalho diz que o Governo tem “zero de relação com as FARC”; MAG diz que seu nome é citado porque “foi ele quem evitou que a narco-guerrilha se aproximasse do governo Lula” e que “as informações falam por si” E eu pergunto: como “evitar” que a narco-guerrilha se aproximasse do governo se ambos são parceiros de quase duas décadas no FSP? Entretanto, não é bem isto que dizem as FARC, muito menos os fatos.

Em e-mail datado de 25 de dezembro de 2006, Medina conta a Raúl Reyes (RR) que mandou cartão de Natal para dois assessores de Lula que são respectivamente Silvino Reck (que foi assessor de Olívio Dutra em Porto Alegre – quando este recebia no Palácio Piratini emissários das FARC – e depois, com o mesmo cargo, quando Dutra passou a ser Ministro das Cidades), e Gilberto Carvalho por terem-no ajudado no processo de refúgio; e em 23 de fevereiro de 2007, também dirigido a RR, Medina diz: “É possível que me visite um assessor especial de Lula chamado Silvino Reck, que junto com Gilberto Carvalho foi outro que nos ajudou bastante”.

Se estas correspondências não são suficientes para provar o cinismo desta gente, vejam os nomes constantes do corpo editorial da revista do Foro de São Paulo intitulada América Libre e este vídeo feito pela revista Veja, do último Encontro do Foro de São Paulo ocorrido entre 22 e 25 de maio deste ano em Montevidéu, que vocês vão encontrar os nomes e as caras de MAG e Carvalho; na revista, ao lado de Manuel Marulanda “Tirofijo” e no vídeo, aplaudindo a homenagem prestada a este verme feito por outro elemento peçonhento, Daniel Ortega, no encerramento do Encontro.

Pior do que as mentiras e dissimulação desta escória sinistra é a subserviência da mídia (com raríssimas exceções) que toma conhecimento destes fatos e não informa ao público, não revela NADA que possa abalar a credibilidade postiça deste governo de terroristas. Com que moral esta mídia pode falar dos “torturadores da ditadura” e ao mesmo tempo omitir e maquiar a conivência e participação direta do governo com terroristas sanguinários como as FARC? Que moral julga ter esta gente para, fingindo denunciar, encobrir os crimes da aliança FARC-FSP por décadas a fio? Todos tiveram acesso ao documento original da revista “Cambio” mas omitiram o principal porque têm o rabo preso, porque são covardes e porque pensam que, se ajoelhando e rastejando feito cobras, serão poupados no final. A terra não lhes será leve! E para fechar esta edição, recomendo a leitura do artigo “Como eu dizia”, do filósofo e jornalista Olavo de Carvalho que, ao contrário de seus colegas de profissão, há anos prega no deserto sobre este tema. Como ele diz no artigo, parece que andou “falando para as pedras”, como ocorre com a escriba deste blog.
Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentário e traduções: G. Salgueiro