sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Mais uma vez eu volto a abordar a questão da compra de armas e equipamentos militares russos, por parte de Chávez, assunto que repisei durante toda a semana por julgar de extrema gravidade. Hoje trago uma análise lúcida, realista e que nos deve levar a todos, sobretudo os militares que lêem o Notalatina, a uma séria reflexão sobre esta questão, escrita pela pena de Aníbal Romero

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Insisto em que se preste MUITA ATENÇÃO neste fato porque diz respeito a nós brasileiros, por sermos não apenas vizinhos da Venezuela de Chávez mas, principalmente, pelas alianças sinistras entre este mandatário, o sr. Lula e a subordinação de ambos ao Foro de São Paulo que abriga, dentre outros partidos comunistas, os piores bandos de terroristas do planeta, dentre os quais, as FARC.



E por falar em FARC, a segunda notícia, vinda também da Venezuela através da nota da destemida e grande guerreira jornalista Marianella Salazar, nos dá conta de informes recebidos da Inteligência venezuelana que mostra planos de acordo entre Chávez e este bando criminoso, cujo orçamento anual ultrapassa o de todas as Forças Armadas da América Latina juntas. Parece exagero mas não é; tempos atrás já denunciamos isto. Eles têm muito poder, muito dinheiro e muito sangue inocente derramado em seus haveres.



As duas últimas notícias finais vêm de Cuba e, para variar um pouco o “tom” da cantiga, fala de perseguições a presos políticos e de consciência. Não deixem de conferir.



E para encerrar as notícias da semana, quero informá-los de um artigo que será divulgado com exclusividade na próxima segunda-feira pelo Mídia Sem Máscara (www.midiasemmascara.org) que expõe as chagas pútridas, literalmente, de um “abrigo de velhos” em Cuba. Para aqueles que ainda têm a pachorra de “clamar pelas torturas que sofrem os presos na base americana de Guatánamo” numa total falta de senso das proporções, convido-os a lerem a matéria escrita originalmente por uma revista sueca e que, com num verdadeiro trabalho de “formiguinhas” obstinadas, uma abnegada equipe conseguiu resgatar, traduzir e tem o privilégio de oferecer aos seus leitores. Esta matéria não poderia ser revelada ao mundo sem a valiosíssima colaboração na tradução do sueco para o português, do grande jornalista Janer Cristaldo a quem serei eternamente grata.



Fiquem com Deus, tenham um bom final de semana e até segunda!



ARMAS RUSSAS PARA AS FAN

Aníbal Romero



O governo venezuelano anunciou a compra de dezenas de helicópteros de combate russos, provavelmente para serem utilizados nas zonas fronteiriças do país. Também correm rumores que revelam supostas negociações para a aquisição de vários esquadrões de aviões de guerra MIG-29, talvez os mais avançados no arsenal russo, assim como de armas ligeiras e artilharia de origem ucraniana.



Estas transações têm enorme importância e um significado que transborda decisivamente nos aspectos comerciais, e nos inevitáveis comentários acerca de possíveis comissões e corrupções, sempre associadas a este tipo de negócios. Na realidade, a compra destes armamentos indica a firme decisão do regime chavista e, em particular, de seu principal condutor, de tirar a FAN definitivamente da órbita tradicional da segurança hemisférica sob hegemonia norte-americana, e de vinculá-la – gradualmente, porém com perseverança – a um marco geopolítico distinto, enfrentando os Estados Unidos.



Cabe esclarecer dois assuntos: em primeiro lugar, trata-se de um projeto a longo prazo; não é questão de um dia para o outro, e forma parte do propósito revolucionário de perdurar no poder por muito tempo, em função de uma reacomodação geopolítica em escala planetária. Em segundo lugar, tal projeto não contempla rupturas imediatas com os Estados Unidos em temas tais como o petróleo, em torno do qual o regime prepara-se para prosseguir e fortalecer seu atual “casamento de conveniência” com Washington.



Hugo Chávez tem sido sistematicamente subestimado por aliados e adversários por igual. Porém, suas apostas não são coisa de jogo. Com os movimentos orientados a transformar paulatinamente a medula espinal operativa da FAN, Chávez consegue três metas: por um lado, como já disse, separa o estamento militar venezuelano da influência norte-americana. Em segundo lugar, e já que se trata de armas russas, Chávez necessariamente aproximará ainda mais os cubanos da Venezuela. Não creio que nossos oficiais aprendam o russo rápido o suficiente para ler os manuais e treinar com suas novas armas: essa tarefa a realizarão os cubanos que, passo a passo, penetrarão ainda mais fundamente na estrutura militar venezuelana. Por último, estas mobilizações servirão para intensificar o processo de doutrinação ideológica marxistóide que já começou a se manifestar nas instituições educacionais da FAN, com a indispensável assessoria cubana.



O mais lamentável de tudo isto tem a ver com a dissolução das hipóteses de guerra do país, e a novidade de identificação de amigos e inimigos que o governo chavista está em vias de realizar. Já as FARC deixaram de ser inimigas da Venezuela e são consideradas pelo Chefe do Estado como um segmento a mais do chamado “Exército Bolivariano de Libertação”, em nível continental, que vislumbra em seus sonhos mais febris. Os inimigos são as “oligarquias” latino-americanas, em especial a colombiana, em guerra de morte contra as FARC. Fidel Castro é agora um estreito aliado da Venzuela e os Estados Unidos um inimigo fundamental aos quais se aspira rechaçar radicalmente quando o momento e as circunstâncias o permitam. Entretanto, o regime serve-se da miopia ianque e de seu insaciável apetite petroleiro, enquanto constrói os cimentos de um enfrentamento a longo prazo, em união com múltiplos fatores em outras latitudes.



O fato de que o armamento russo seja de terceira categoria é de pouca importância. No momento, a verdadeira batalha é pelo controle dos corações e das mentes de um estamento militar que é concebido, melhor, como suporte da perdurabilidade do regime e de seu caudilho no poder. Só posteriormente, quando já for tarde, Washington e os timoratos democratas do resto da América Latina entenderão a verdadeira magnitude das ambições da Revolução Bolivariana, que em meio a suas delirantes e rocambolescas idas e vindas se afiançou no poder em uma nação repleta de petróleo e gás natural, os bens mais apreciados pelo capitalismo mundial.



A extraordinária importância da aproximação militar entre Rússia e Cuba é, desde já, matéria de escasso interesse para a direção opositora na Venezuela, dedicada a uma derradeira tentativa de salvação própria em umas eleições regionais que, provavelmente, lhe varrerão da face da terra, destino que, ademais, tem merecido. O fato de que alguns articulistas, em razão de não se sabe bem o quê, saiam por aí a defender essa direção obstinada, frívola, sectária e fracassada, já é a estas alturas algo banal e inútil. Depois da debacle que se avizinha, começará o esforço de reconstruir a oposição. Não será nada fácil e levará tempo.



Fonte: NetforCuba Internacional - www.netforcuba.org



ARTILHARIA DE OFÍCIO DE MARIANELLA SALAZAR



Fontes de Inteligência assinalam que o massacre da passada sexta-feira 17 de setembro em Apure, atende a um plano sinistro para criar problemas fronteiriços com o propósito de minimizar o terrorismo judicial desatado contra figuras da oposição e desviar a atenção da próxima fraude nas eleições regionais do 31 de outubro. As fontes indicam que os próximos ataques se realizarão em Betania, no estado de Táchira e na zona do Catatumbo, em Zulia.



Os ataques são parte do chamado “Plano Páez”, referido nesta coluna em 29 de janeiro de 2003, com o título “O último cartucho”, onde revelei a intenção do governo ao provocar esse tipo de incidentes com seus aliados políticos da guerrilha colombiana. “Trata-se de gerar um incidente militar que obrigue à ruptura de relações com a Colômbia e desvie a atenção dos graves problemas internos; então, porá em ação o plano militar de guerra ‘José Antonio Páez’, o mais alto planejamento estratégico da Força Armada que assim obrigará a todos os setores a apoiá-lo e neutralizará seus adversários nas Forças Armadas.



A ação é criminosa se se toma em conta a situação de desmantelamento e precariedade em que se encontram as Forças Armadas e que os documentos classificados como secretos do Plano Páez – segundo nossas fontes – pode ser filtrado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, que teriam um papel de protagonistas”. Posteriormente, na coluna de 12 de maio deste ano, depois do aparecimento dos supostos paramilitares em El Hatillo, me referi ao próximo plano governamental: “o governo com o apoio das FARC – segundo fontes militares – contemplaria atacar alguns postos fronteiriços com elementos que portariam o uniforme do Exército colombiano e assim criar um conflito com o país vizinho”. Ontem, na coluna editorial “Pedra de Tranca”, do diário oficialista VEA, perguntam-se: “Por que não levar em conta a versão de que o ocorrido foi obra do Exército colombiano?”.



Fonte: www.gentiuno.com



PERSEGUIÇÃO CONTRA O PRESIDENTE DO PARTIDO LIBERAL DEMOCRÁTICO DE CUBA (PLDC)



Julia Cecilia Delgado, presidenta em funções do Partido Liberal Democrático de Cuba (PLDC), denuncia desde Havana que os agentes da Segurança do Estado e as autoridades carcerárias mantêm a perseguição contra o preso político e presidente do PLDC Héctor Maseda Gutiérrez, na prisão “La Pendiente”, na cidade de Villa Clara.



Héctor Maseda, de 61 anos, cientista e acadêmico, é além disso um destacado jornalista independente, condenado a 20 anos de prisão pelo “delito” de expressar publicamente seu pensamento não alinhado ao oficial.



Maseda foi mantido por 17 meses em uma cela solitária e posterirmente transferido para o destacamento onde encontram-se os mais perigosos presos por delitos comuns da penitenciária. Sua esposa, Laura Inés Pollan Toledo, deu a conhecer que o oficial da segurança do Estado nomeou “Yaikel” e outro oficial penal e em repetidas ocasiões levaram Maseda para “conversar”. Posteriormente, o retornaram ao destacamento e imediatamente enviam um ou vários dos presos comuns a celas de castigo. Este sinistro padrão de comportamento seguido pelos agentes repressivos, tem a deliberada intenção de criar nos presos uma imagem de delator na figura de Maseda e o convertido em objeto de agressões físicas por parte de outros reclusos.



Ante esta situação, Laura viajou à cidade de Villa Clara e entrevistou-se com o oficial “Vladimir” da Direção Provincial da Segurança do Estado, que lhe manifestou que “as condições de seu esposo não são adequadas, como conseqüência das atividades que ela realiza”. Laura Pollán, junto ao resto das “Damas de Branco”, esposas dos opositores pacíficos injusta e arbitrariamente encarcerados durante a primavera de 2003, somam-se à desobediência civil em ações como vigílias e jejuns em reclamo pela liberação dos presos de consciência.



Héctor Maseda em conversação telefônica com sua esposa, lhe pediu que não ceda às pressões e chantagens do Regime. Ele declarou-se como “preso plantado” e negou-se a receber as visitas conjugais e os alimentos enviados pela esposa, em reclamo pela tranferência à sua cidade de residência (Havana) e de um tratamento de acordo com sua condição de preso político e de consciência.



O Partido Liberal Democrático de Cuba denuncia a manipulação da qual é objeto seu presidente e torna responsável o Governo cubano pela sua integridade física.



Sergio Hernádez

Porta-voz do PLDC no exterior



Fonte: www.payolibre.com



MONTES DE OCA RATIFICA SUA POSTURA NA PRISÃO



www.adcuba.org – Havana – Na terça-feira passada, recebi uma chamada telefônica de René Montes de Oca desde a prisão “La Pendiente”, onde cumpre uma injusta condenação de oito meses.



Ele nos informa que reclamou seu direito ante a oficial que o atendeu e explica que pode ter havido uma pequena exaltação, porém que não houve o clima que se quer fazer ver. Denuncia a presença de oficiais da Segurança do Estado em seu caso, o que põe de manifesto que houve manipulação uma vez em Cuba, em um processo legal, pela não separação de poderes em todos os aspectos da vida social.



Expressa que encontra-se em uma cela junto a um preso comun, com o qual não tem tido problemas, e que recebeu o material de higiene que lhe fez chegar a família através da esposa e da irmã



René mantém uma posição muito firme: ele vai continuar a luta, ratifica que suas idéias não há forma de fazê-lo mudar e ainda da prisão mentém-se informado de todas as violações de direitos humanos e ratificando sua posição de Dirigente do Partido Pró-Direito Humanos de Cuba, filiado à Fundação Sakarov.





A informação foi dada pela Ação Democrática Cubana, por Moisés Leonardo Rodríguez, Promotor da Corrente Matiana.



Fonte: NetforCuba International - www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro



quarta-feira, 6 de outubro de 2004

O Notalatina traz hoje três artigos, sendo dois deles sobre o mais novo escândalo da Venezuela acerca da compra de armamentos russos, ora negado ser para as FAN, ora dito ser para Cuba, onde a Venezuela entraria “apenas” com o aval e o capital. Neste artigo editado hoje pelo Mídia Sem Máscara http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2724 escrito pela jornalista venezuelana Eleonora Bruzual, na 2ª feira última, há uma declaração de José Vicente Rangel negando, muito embora Chávez tenha anunciado tal compra em seu último “Alô, Presidente!” e que o Notalatina divulgou com exclusividade em sua última edição.



É cada dia mais evidente a estreiteza de relação e vínculos comerciais entre Cuba e Venezuela; as notícias divulgadas hoje não deixam margem a dúvidas, embora Chávez e seus sequazes façam muitas mirabolâncias para tentar provar o contrário e justificar o injustificável. Não é “coincidente” demais que justo os dois países estejam pensando, no mesmo momento, em re-equipar e reaparelhar suas Forças Armadas? Só aos tolos ou idiotas úteis, essa baboseira convence...



A única nota que não diz respeito a este assunto é uma carta dirigida ao Ministro das Relações Exteriores da Espanha, pelo Executivo do Partido Liberal Democrático de Cuba (PLDC), com relação à dissidência cubana naquele país, utilizada pela esquerda para justificar seu apoio ao demoníaco assassino Fidel.



Vamos às notícias, pois, mas sugiro, ENFATICAMENTE, que leiam e divulguem a última nota desta edição de hoje. O Brasil tem que estar alerta a essa compra da Venezuela à Rússia, posto fazermos fronteira com este país.

Fiquem com Deus e até a próxima edição!



CARTA ABERTA AO MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA ESPANHA



Senhor Miguel Ángel Moratinos

Ministro de Assuntos Exteriores

Reino da Espanha.

Senhor Ministro:



Com grande tristeza lemos seus comentários no Congresso dos Deputados onde, em resposta à pergunta do parlamentar D. Jorge Moragas Sánchez e como justificativa à sua planejada aproximação ao regime ditatorial de Fidel Castro, assegurava, com respeito à acertada iniciativa do Governo Espanhol no ano de 2003 de convidar a dissidência para as festas nacionais da Espanha, que tal convite “revelou-se como o pior instrumento para melhorar sua situação (dos dissidentes) e a dos presos de consciência. Isso o dizem os próprios dissidentes e os próprios presos de consciência”



Senhor, obviamente não corresponde a nós, os dissidentes cubanos, ditar ao senhor com quais governos deve aliar-se, porém, certamente consideramos estar em nosso direito de pedir-lhe, com todo o respeito, que não seja utilizado nosso nome para justificar seus planos. O que o senhor chama “em um marco de diálogo com as autoridades cubanas” e que também pode-se considerar como “em um marco de apoio à mais feroz ditadura que a América Latina conheceu”, foi o marco no qual falidamente outro governo espanhol, por coincidência do PSOE, tratou anteriormente de melhorar a situação dos direitos humanos em Cuba e conseguir sua democratização.



Conhecemos o poder manipulador do tirano e mais de 45 anos de ditadura nos ensinou que a mudança se produzirá dentro e não como conseqüência direta do procedimento de outro governo; todavia, isso não guarda importância à útil ajuda que esses governos podem oferecer à aproximação desse momento de mudança que tanto anseia e necessita nosso sofrido povo. E uma das formas dessa ajuda é o reconhecimento explícito à dissidência interna e exigir de Castro a cessação da prática, usada durante décadas, de utilizar a inesgotável fonte de presos de consciência como meio de intercâmbio para obter favores da parte de governos estrangeiros.



A dissidência e todo o povo cubano lamentariam muito um retrocesso na digna e conseqüente posição adotada pela Espanha ante a arbitrária e cruel condenação à que foram submetidos 75 dos melhores filhos desse povo.



Respeitosamente,



Executivo do Partido Liberal Democrático de Cuba (PLDC)

Recebido e transmitido por Sergio Hernández, porta-voz do PLDC no exterior.



NOVAS EVIDÊNCIAS DE QUE CUBA E VENEZUELA PERSEGUEM ESTRATÉGIA COMUM DE REARMAMENTO E REDEFINIÇÃO DE SUAS FORÇAS ARMADAS



José A. Sánchez

Analista do Deptº de Investigações de La Nueva Cuba



Duas notícias aparentemente não relacionadas, porém que ao analisá-las com um pouco mais de detimento, mostram novas evidências de que Cuba e Venezuela estão dedicadas em um rearmamento não só de suas forças aéreas e terrestres, senão também de suas forças navais.



As revelações de que os estaleiros espanhóis Izar consideram a venda de naves militares a Cuba e o encontro que se negocia entre o Ministro da Defesa da Espanha socialista, José Bono com o novo caudilho latino-americano, Hugo Chávez Frías, confirma o que informes de inteligência têm reportado. Estas informações põem em uma nova perspectiva o possível rearmamento da Força Aérea Cubana (com dinheiro venezuelano) e a compra de outros equipamentos e armamentos que já informamos.



Com a compra de novas unidades navais para a MGR (Marinha de Guerra Revolucionária) perfila-se um plano de modernização total (e rearmamento total) das Forças Armadas de Cuba. Não se pôde ainda determinar que tipo de unidades estaria a empresa espanhola Izar a ponto de fornecer a Cuba... porém, estes estaleiros fabricam, desde patrulheiras de alta velocidade até submarinos, fragatas e porta-aviões.



Nos inclinamos a pensar que Cuba trata de adquirir unidades patrulheiras embora que a “magnanimidade” de Chávez com o tesouro venezuelano não tem limites. De qualquer maneira, consideramos duas possibilidades:

1. Um reforçamento da capacidade de proteger a fronteira cubana a partir de uma projeção mais efetiva de forças navais que operariam dentro (ou fora) das 12 milhas. Também pode-se especular que se tentaria incrementar a capacidade das forças navais cubanas para “intervir” nas operações de tráfico de narcóticos... antes que as unidades do U.S. Coast Guard ou a DEA tenham oportunidade de fazer seu trabalho;

2. Um plano de projeção ao exterior em uníssono com a Venezuela, para cobrir o Caribe e ter uma “diplomacia forte” nos planos de Integração Bolivariana, algo que soa perigoso e descabido, porém que nas mentes napoleônicas de Castro e seu “mini-tirano” Chávez fazem muito sentido e,

3. Por outro lado, reporta-se como o Ministro da Defesa espanhol, José Bono, promoveu no Chile e na Venezuela os produtos e serviços da Indústria Militar espanhola, com instruções de seu governo de melhorar e favorecer as relações com o governo de Hugo Chávez.



Por tudo o que expusemos anteriormente, deduz-se que as vendas a Cuba dos estaleiros militares Izar, é não só uma gestão de Cuba, mas que a Venezuela parece ser o centro da atenção e a preferência que o governo de Zapatero parece dar aos (que casualidade!!!) inimigos dos Estados Unidos.



Não nos surpreenderia se as vendas a Cuba, pela Izar, forem pagas com créditos do governo espanhol que buscaria reativar os estaleiros e, ao mesmo tempo, favorecer a um “igual” ideológico... com o dinheiro do povo espanhol. Estamos seguros de que nada do que dissemos passou despercebido aos serviços de inteligência militar americano e britânico (entre outros) porém, como conhecemos a natureza conspirativa de Fidel Castro e sua capacidade de infiltrar-se e aproveitar-se do “momento político”, este deve estar contando que a opinião pública dos Estados Unidos (e mundial) não reagiria favoravelmente à denúncia destes movimentos como uma ameaça clara e presente para a região (em razão de ter abertas duas frentes militares no Iraque e Afeganistão), por parte do governo americano.



Cortesia de Paul Echaniz



Fonte: NetforCuba International – www.netforcuba.org



RÚSSIA ADMITE QUE INVESTIRÁ MILHÕES DE DÓLARES NA ECONIMIA VENEZUELANA E QUE VENDERÁ HELICÓPTEROS DE COMBATE A CHÁVEZ



La Nueva Cuba - A Rússia investirá um bilhão de dólares na economia da Venezuela e venderá ao país andino helicópteros de combate, anunciaram hoje fontes governamentais de ambos os países, após concluir negociações bilaterais de alto nível na capital russa.



Durante a primeira reunião da Comissão Intergovernamental bilateral, o vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, precisou que seu país comprará ao menos 40 helicópteros. “Os primeiros dez helicópteros serão entregues em um prazo de dois ou três meses”, indicou Rangel, citado pela agência Interfax.



O vice-Primeiro Ministro russo, Alexandr Zhukov disse que seu país investirá ao menos um bilhão de dólares na construção de uma fábrica de processamento de bauxita em sociedade com a estatal Corporación Venezolana de Guayana (CVG).



Rangel explicou que os helicópteros russos serão utilizados para vigiar as fronteiras de seu país e em trabalhos de resgate, e criticou alguns comentároios no sentido de que sua delegação veio a Moscou unicamente para comprar armas.



“Na véspera de minha visita a Moscou, muitos meios de informação na Venezuela e Estados Unidos comentaram que o objetivo era comprar armamento, porém na realidade tratamos (nas negociações) de assuntos em um espectro muito mais amplo”, afirmou Rangel.



Segundo a agência oficial russa, Itar-Tass, a comissão analisou assuntos importantes da palestra internacional e a viabilidade de vários projetos com a participação de empresas de ambos os países.



Como parte desses projetos, a petroleira privada russa Lukoil e a estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), acordaram a criação de uma empresa mista para a exploração e extração de cru, no golfo de Maracaibo.



O chefe da delegação russa manifestou que nas conversações falou-se também do ingresso da Rússia na Organização Mundial de Comércio (OMC), e da visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à Rússia, no próximo mês de novembro.



Fonte: www.lavozdecubalibre.com



Traduções: G. Salgueiro



segunda-feira, 4 de outubro de 2004

O Notalatina retorna hoje com uma informação extremamente preocupante vinda da Venezuela. No programa “Alô, Presidente” de ontem, Chávez disse que ia comprar 40 helicópteros de combate russos, para colocá-los na fronteira da Venezuela. Acrescentou que ia comprar 50 Migs, também da Rússia. Ocorre que os pilotos e mecânicos venezuelanos não falam russo e é provável que ele use mecânicos e pilotos cubanos em seus novos aviões. Isto seria um perigo para a Colômbia e para o Brasil, países que fazem fronteira com a Venezuela.



O que me preocupa nessa questão é: nossas Forças Armadas estão sabendo disso? Como ficaria a situação do SIVAM e dos militares que fazem a guarda daquelas fronteiras, considerando a estreita relação não só de cordialidade e cooperação diplomática entre dois mandatários de países vizinhos, mas de laços mais fortes que unem o presidente Lula e Chávez, através do Foro de São Paulo e do Eixo do Mal?



Creio que esta informação é muitíssimo grave e penso que nossas autoridades militares deveriam ficar bastante atentas. Com esta gente cubana e venezuelana (leia-se terroristas e agentes do comunismo) não se pode brincar; penso, ainda, que o Brasil está correndo um grande risco. Queira Deus que eu esteja apenas vendo chifres em cabeça de cavalos...



Além dessa nota que me deixou tensa, trago hoje denúncias de maltratos a cubanos (ô povo pra sofrer, meu Deus! Até quando?), um preso que está com a saúde física e mental completa e irreversivelmente deteriorada, fruto da bestialidade do regime assassino do monstro do Caribe, Fidel Castro. Além desta desesperadora nota, há ainda a arbitrária prisão do ativista pacífico René Montes de Oca; para este regime sangrento, quando não há um motivo para prender alguém, eles criam, inventam, falseiam contanto que tenham atrás das grades todos aqueles que expõem as chagas pútridas dos crimes perpetrados por este monstro há 45 anos. Vejam ainda a situação humilhante e criminosa que refugiados cubanos vêm enfrentando nas Bahamas, país que há tempo vem se revelando partidário do castro-comunismo.



Fiquem com Deus e até amanhã!



JULIO CÉSAR MORALES, UM ANO MAIS...

Por Iliana Curra



Há um ano denunciei seu caso em um artigo. Há exatamente um ano... Parece tão pouco tempo, porém não o é. Ao menos para ele, que cumpre atrás das grades frias de um tenebroso cárcere castrista.



Julio César Morales González é seu nome. Nunca o deixarei de mencionar. Converteu-se em uma prioridade entre minhas prioridades. Não me importa que me chamem apaixonada. É possível que o seja. Sobretudo quando se trata de exigir a liberdade de alguém que sofre tanto quanto Julito, como o chamam seus familiares e amigos.



Julio César cumpre neste mês de outubro de 2004, onze anos de encarceramento injusto. Quebrar um cristal de um cinema em sua cidade lhe custou uma conenação de seis anos de privação de liberdade. O valor do cristal era de apenas 35 pesos cubanos e 50 centavos. Pode parecer uma piada essa condenação, mas não é. Porém, nem tudo ficou aí. Os anos na prisão continuaram aumentando. Foi transferido à penitenciária de rigor máximo, Kilo-8 em Camagüey e dois dos chamados “reeducadores” o golpearam de forma brutal para obrigá-lo a que gritasse consignas a favor do ditador. Seus gritos não se fizeram esperar e, com todas as suas forças, gritou “Abaixo Fidel”.



Três anos mais de cárcere foi a resposta, além dos golpes com os pés (pisadas). Também aumentou a repressão. Em Kilo-8 o esperava uma cela do regime especial e teve que sobreviver por muito tempo em isolamento absoluto. Sem água, sem ventilação, sem luz. Com ratos e baratas como companheiros indesejáveis; com todos os insetos e bichos que pernoitam em um lugar chamado cela e, certamente, com golpes sistemáticos. Quem conhece esta prisão de segurança máxima sabe que tudo isto é verdade. Os presos a batizaram com o nome de “Se me perdeu a chave” e a primeira coisa que perdem alí são as esperanças.



Porém Julito conseguiu sair vivo fisicamente, embora sua mente tenha adoecido. Agora padece sérios transtornos nervosos. Deve receber tratamento psiquiátrico, porém a tortura é a melhor resposta dos carcereiros e dos que têm o controle dos presos políticos: a Segurança do Estado. Os mesmos que lhe negaram por anos o acesso a ler a Bíblia; os mesmos que estabeleceram um sistema de maus tratos, tanto físico como psicológico de maneira brutal.



Em 1997 é novamente condenado a três anos mais. Desta vez, foi castigado por escrever consignas contra o tirano Fidel Castro nas paredes de sua cela de castigo. Continuaram os golpes. Continuou a repressão. Porém, o calvário de Julio César ainda não terminou. Já passaram 10 anos de encarceramento e o transladaram para a prisão Provincial de Holguín. O confinam junto a criminosos de altíssima periculosidade, os mesmos que acossam os prisioneiros políticos, o fustigam, o assediam, o ameaçam....



A mãe de Julito também recebe uma carta ameaçadora da parte de presos comuns. Dizem que seu filho pagará muito caro e que ela também. O temor a invade. Teme por seu filho que já sofreu tanto. Denuncia tudo isso na Direção Nacional de Cárceres e Prisões, porém a melhor resposta do regime é sempre o mutismo.



A prisão Provincial de Holguín está abarrotada de delinqüentes comuns. Homens que cumprem longos anos de condenação por assassinato, por invasões de residência com violência, por roubar, por violentar menores... Julio César foi levado a celas onde tem que conviver obrigatoriamente com esses presos comuns. Os mesmo que, para receberem algum tipo de gratificação, são capazes de tudo. Em dezembro do ano de 2002, Julio César foi drogado e posteriormente violentado sexualmente. Três dias depois estava ainda jogado em um catre da cela; três dias mais tarde, ainda não havia recebido atenção médica. Quando o levaram ao hospital, sua saúde era muito delicada.



A quem se responsabiliza por esta violentação sexual? A ninguém. Nunca se soube quem foram. Nunca houve uma investigação, nunca um seguimento às ameaças que lhe fizeram. Uma atrocidade como esta fica impune, porque Julio César é um prisioneiro político em Cuba, em um país onde estar preso, é como estar morto. A mãe de Julito denunciou – mais uma vez – a situação de seu filho. Desta vez, com muita dor, denunciou esta bestialidade cometida contra ele. Responsabilizou à Segurança do Estado por ordená-lo. Porém, em um país onde não existem direitos, não há muito o que fazer.



Entretanto, a saúde de Julito continua em processo de deterioração. Seu corpo, desnutrido, consome-se na prisão. Os medicamentos não lhe são entregues e quando o fazem, são trocados de propósito. Quase morre com uma dor no peito por um comprimido que não lhe correspondia tomar. Não recebe ajuda para melhorar sua saúde mental, pela qual, à medida que o tempo transcorre, piora.



O que se pode fazer? Continuar denunciando sua situação! Muitos não escutam; outros, talvez, ao menos se dão conta de que existe um jovem prisioneiro político que tem sofrido em excesso a repressão e a maldade de um regime que volta-se contra aqueles que se rebelam, contra os que não aceitam pôr-se de joelhos. Julio César Morales González mantém sua dignidade e sua honra. Para denunciar o que lhe fizeram necessita-se de muito valor. Sua condição de homem livre – porque ele é livre por dentro – ninguém pode arrebatá-la!



Ainda confio naqueles que queiram escutar. Nos que puderem também exigir a liberdade deste prisioneiro político que padece os horrores do encarceramento em um país onde se violam os direitos humanos arbitrariamente. Em 23 de outubro ele completa seus 34 anos de idade; também neste mesmo mês de outubro, completa onze anos de prisão.



Só peço a Deus que lhe dê forças para suportar o tormento que vive diariamente. Que lhe dê saúde para que saia vivo deste horror, e que sua liberdade chegue logo, para que possa se curar. E Deus me escutará; estou segura!



CAMPANHA CUBANA PELA LIBERDADE DE PRISIONEIROS DE CONSCIÊNCIA



Fonte: http://www.payolibre.com



CONDENADO RENÉ MONTES DE OCA

Por Marvin Hernández Monzón, de Cuba Press



Havana - René Montes de Oca, secretário geral do Partido Pró Direitos Humanos de Cuba, filiado à Fundação Andrei Sakarov, foi sancionado a 8 meses de privação de liberdade na quarta-feira passada, 29 de setembro, pelo Tribunal Municipal de Camajuaní, localidade da cidade de Villa Clara, no centro de Cuba.



Montes de Oca foi notificado do julgamento na tarde de 24 de setembro, poucas horas depois de solicitar um certificado de sanção do Tribunal de Camajuaní, onde queixou-se do preço do documento, informou Manolo Sarduy, do Movimento Reflexão. René Montes de Oca foi julgado pelo delito de desacato ao Tribunal, e a sentença poderá ser apelada dentro dos dez dias seguintes ao despacho.



As autoridades permitiram a entrada ao julgamento apenas do pai, da mãe, da esposa e de uma irmã do líder opositor, e impediram que conhecidos e dissidentes pacíficos estivessem a menos de 50 metros do lugar. “Parecia que estávamos em estado de sítio pelo deslocamento policial e de agentes do Departamento de Segurança do Estado”, disse Manolo Sarduy, que assegurou haver divisado ao menos dois carros da Polícia Política com chapa da Cidade de Havana.



René Montes de Oca foi conduzido à prisão vilaclarenha, conhecida como “O pré”, onde recolhem aos que esperam julgamento ou confirmação de sentença.



Fonte: www.cubanet.org



BRUTAL GOLPE EM CUBANOS DETIDOS NO CENTRO DE REFUGIADOS DE NASSAU, BAHAMAS



No dia 1º de outubro de 2004, fui chamado por telefone desde o Centro de Detenção de Refugiados de Nassau, nas Bahamas, para informar-nos de que horas antes os guardas do Centro empreenderam golpes contra os cubanos René Mendoza e Jorge Luis Conde, detidos no tal lugar. A agressividade foi tanta, que os agressores tiraram suas pistolas e, apontando-as para suas cabeças, lhes gritaram que os iam matar. Depois de agredí-los diante de todos, os levaram para um quarto isolado onde, segundo eles, costumavam golpear os refugiados. Ao perguntar-lhes qual havia sido o motivo para tal, nos disseram que “nenhum”. “Aqui os guardas não necessitam de motivos para golpear-nos”, acrescentaram.



Isto ocorre três dias depois de eu haver regressado das Bahamas, conjuntamente com Reinaldo García e de haver recebido uma denúncia da parte do grupo dos 7 cubanos ativistas do 30 de Novembro, acerca da terrível situação em que vivem os “reclusos” nesse campo de concentração, como usualmente o chamam. Não havia acabado de transcrever o documento-denúncia que me entregaram pessoalmente, quando recebo esta notícia que nos encheu de consternação.



A chamada foi feita por Frank García Llerena, que chegou no mês passado ao acampamento conjuntamente com mais 6 ativistas do Partido Democrático 30 de Novembro “Frank País”. Eles tiveram que abandonar a Ilha precipitadamente, uma vez que eram procurados pela Segurança do Estado. Agora, em terras supostamente de liberdade, estão surpresos e indignados pelas violações aos direitos humanos que se cometem nesse Centro.



O Comitê de Ajuda aos Ativistas de Direitos Humanos (CAHRA) denuncia todos estes atropelos e pede a todas as organizações cubanas que também o façam. Há que estabelecer contato com os congressistas cubano-americanos e com todos os que se sintam comprometidos com o respeito aos direitos humanos, para fazer as denúncias correspondentes. É necessário que os organismos de direitos humanos dirijam-se ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados do Caribe, paraque faça respeitar os direitos humanos no Centro de Detenção de Refugiados de Nassau, Bahamas.



O governo das Bahamas deve explicar porquê cometem-se estes atropelos sob sua jurisdição e os organismos internacionais de refugiados devem exigir tal explicação.



Luis Israel Abreu

Diretor Executivo

Comitê de Ajuda aos Ativistas de Dereitos Humanos



Fonte: NetforCuba Internacional - www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro