terça-feira, 18 de maio de 2004

Hoje o Notalatina só vai falar de Cuba. As duas primeiras notas dizem respeito a um mesmo tema, aliás, é exatamente sobre a exuberante falta de respeito à liberdade de culto religioso que contradiz o que está escrito na própria Constituição Cubana, onde pessoas são agredidas e ameaçadas de prisão, apenas por estarem orando pelos irmãos presos injustamente. Em outro caso mais estúpido ainda, um preso político ficou “de castigo” por estar lendo uma revista estrangeira sobre plantas de eletrificação e água. Pode? Pode; é a “Cuba de Castro” e não dos cubanos.



A nota seguinte escancara a hipocrisia desta ditadura que reclama pelos terroristas afegãos presos em Guantánamo, “há mais de um ano sem julgamento”. O macaco geralmente só olha o rabo do vizinho e, com ensinou o velho Lenin, “acuse teu inimigo daquilo que és; culpe-o daquilo que fazes”, em outras palavras, naturalmente, mas querendo dizer isso daí.



E, finalmente, a notícia mais aberrante fala sobre uma “excursão”, organizada pela Universidade do Sul da Flórida à Ilha, numa estratégia muito bem urdida onde, ao mesmo tempo, doutrina-se os ingênuos estudantes no castro-comunismo e ainda enche as burras deste demônio de dólares. E enquanto isso... cada dia que passa, mais miséria e degradação humana é imposta ao desvalido povo cubano. Penso que uma das grandes alegrias da minha vida vai ser anunciar aqui que este verme assassino, finalmente, para júbilo e festa de uma nação de escravos, foi refugiar-se nos braços de Satã, seu pai.



Amanhã tem mais. Sobre a Venezuela que chora sangue e pede socorro aos povos verdadeiramente livres.





Chicoteiam o Coordenador Nacional do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba



Havana – O opositor Orestes Leopoldo Valdivia Varela, Coordenador Nacional do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba filiado à Fundação Andrei Sakarov, foi detido por volta das cinco da madrugada do dia 6 de maio de 2004, em seu domicílio na rua Santa Isabel, 481, entre Aranguren e Maceo, Divisão Barrio Azul, Município Arroyo Naranjo nesta capital, por três agentes da segurança do Estado.



Valdivia Varela foi conduzido à unidade policial da Divisão Capri e mais tarde transferido para 100 e Aldabó onde se localiza o centro de investigações da polícia nacional. Durante a detenção foi interrogado e ameaçado de ir para a prisão, se persistisse na celebração, em sua casa, da atividade conhecida como Vigília da Vela.



Tal atividade consiste em vigílias, que a cada quarta-feira à noite é celebrada nos domicílios de dezenas de opositores ao longo de todo o país, e nas quais se pede a Deus e demanda-se às autoridades a liberação sem desterro dos presos políticos cubanos.



Depois da advertência referida, fez-se conhecer a Valdivia Varela da iminente detenção e condenação de René Montes Oca Martija, presidente desta organização partidarista e fonte desta informação. O detido foi posto em liberdade já à tarde do mesmo dia 6 de maio.



Detêm ativistas pró-direitos humanos em Pinar del Río



Havana – Em 28 de abril foram detidos vários ativistas do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba, filiado à Fundação Andrei Sakarov, no povoado Manuel Lazo de Pinar del Río, durante a celebração da atividade conhecida como “a Vela”, no domicílio de Soraida Ribert Suárez, na zona conhecida como El Cayuco no entorno de tal povoado.



A atividade da Vela consiste em vigílias celebradas nas noites de cada quarta-feira nas residências de opositores, durante às quais se pede pela liberdade sem desterro dos presos políticos cubanos.



Os detidos foram: José Enrique Otaño Suárez, Ovidio Camalleri Fernández, Oscar Pulgarón Crespo, Pedro Luis Pinero Puentes e Soraida Ribert Suárez, todos ativistas do partido mencionado.



Os oficiais da segurança do Estado Juan Carlos Travieso e Ángel Antunez Coca, levantaram atas de advertência aos detidos e os ameaçaram em aplicar-lhes a lei 88 sobre “A independência e a economia”, popularmente conhecida como Lei Mordaça, segundo explicou nossa fonte René Montes de Oca Martija, que preside o partido opositor referido inicialmente.





Prisioneiro político é conduzido à cela de castigo, por possuir revista editada no exterior do país



Havana – Como resultado de haver sido utilizada uma revista da Federeção Sindical de Plantas Elétricas, Gás e Água editada em Miami, o prisioneiro político Julián Enrique Martínez Báez foi conduzido a uma cela de castigo na prisão de Quivicán, na cidade de Havana no começo de maio.



Segundo informação fornecida por Luis González Medina, membro do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba, filiado à Fundação Andrei Sakarov, a este repórter, com Martínez Báez somam-se outros três membros do tal partido que encontram-se atualmente em celas de castigo da mencionada prisão havanera. Os outros são Emilio Leyva Pérez e Carlos Martín Gómez.



Prisioneiro pendente de julgamento nega-se a consumir alimentos da penitenciária



Havana – Encarcerado e pendente da celebração do correspondente julgamento há mais de um ano, o opositor Orlando Zapata Tamayo, decidiu deixar de consumir alimentos oferecidos pela penitenciária em sinal de protesto.



Esta atitude provocou sua transferência para uma cela de castigo, segundo informou Delfín Rodríguez Hernández, delegado provincial de Havana, do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba.



Junto a Zapata Tamayo encontram-se “citados para julgamento” no próximo dia 18, já pela quinta vez, Raúl Arencibia Fajardo e Virgilio Marante Guelmes.



Todas estas informações foram fornecidas por Moisés Leonardo Rodríguez Valdez do Grupo Decoro



Fonte: www.fundacionpatrialibre.org



Organizam viagem a “sítios históricos” da revolução socialista para contribuir com dólares à ditadura de Castro, ao mesmo tempo em que doutrinam os jovens estudantes contra o governo dos Estados Unidos



Wilfredo Cancio Isla para El Nuevo Herald



Estudantes da Universidade do Sul da Flórida (USF), radicada em Tampa, viajarão na próxima semana a Cuba para “cumprir um programa acadêmico” que compreende viajar a Cuba e visitar “sítios históricos” da “revolução” de Fidel Castro.



A viagem para complementar o curso será de 18 de maio a 2 de junho, com custos estimados entre $ 2.826 e $ 2.446 dólares, para alunos de pré e pós-graduação. A estes preços há que acrescentar os supostos gastos para souvenirs e outras coisas, o que daria uma contribuição de cada viajante entre $ 3.000 e $ 5.000 dólares à economia castrista.



O programa – organizado por ativistas castristas da Flórida foi intitulado A rota da revolução - e foi auspiciado pelo Departamento de Estudos Internacionais e o Centro de Estudos Latinoamericanos e Caribenhos (LACS) desta instituição universitária. “Temos posto em prática este programa sem receber respostas negativas”, comentou a professora Maura Barrios, sub-diretora do LACS. “Os temas sobre Castro e o ‘Che’ sempre despertaram grande interesse nos estudantes”.



O programa já tem a licença correspondente do Departamento do Tesouro para cursos e investigações em Cuba. As recentes medidas propostas pelo presidente George W. Bush para acelerar uma transição política na ilha, não restringem os intercâmbios acadêmicos, pelo qual os ativistas castristas começaram a desenvolver as excursões “culturais” à ilha.



Como parte da doutrinação dos estudantes floridianos, o percurso será iniciado pela cidade de Santiago de Cuba com visita ao Quartel Moncada, cujo assalto em 1953 marcou o início da luta contra a ditadura de Fulgencio Batista. Lá será entregue a cada um dos visitantes um exemplar da edição revisada de “A História Me Absolverá”, de Fidel Castro.



Em Santiago de Cuba os estudantes continuarão sua doutrinação com uma visita à Granjita Siboney, assim como a residências e museus que “documentam momentos e líderes que propiciaram a revolução socialista”, segundo consta no folheto do curso.



Outros locais do “itinerário revolucionário” fixados pelo programa de doutrinação são: Las Coloradas, praia onde desembarcaram os expedicionários do iate Granma em 1956; as montanhas do Segundo Frente na Sierra Maestra e o Memorial a Ernesto “Che” Guevara, em Santa Clara, no centro do país.



De regresso à Havana, fixaram-se visitas ao Museu da Revolução (antigo Palácio Presidencial), ao Museu do Ministério do Interior, à fortaleza colonial do Morro e à vila de Guanabacoa. Como explicação a este programa de doutrinação socialista aos estudantes norte-americanos, Barrios opinou que “deve-se estudar a revolução cubana academicamente, como se abordam outros processos sociais da história”, quer sejam grandiosos ou nefastos.



O professor Harry E. Vanden, diretor do programa e fundador do LACS, já efetuou em várias ocasiões estas viagens de doutrinação e contribuição econômica ao governo de Fidel Castro com estudantes da Flórida. Vanden não pode ser localizado ontem por El Nuevo Herald para comentar sobre o assunto



Em junho outro grupos de alunos do programa viajarão à ilha para sua doutrinação e contribuição econômica ao regime de Castro. Desta vez, os ativistas castristas organizaram a viagem usando o pretexto de ser “um programa acadêmico de humanidades”.



Fonte: lavozdecubalibre.com



Traduções: Graça Salgueiro



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