sábado, 7 de dezembro de 2002

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA – GREVE GERAL DA VENEZUELA



Conforme prometi, aqui vão as últimas notícias da greve geral na Venezuela. Franco atiradores criaram o terror esta noite. Há pelo menos 4 mortos e 12 feridos, entre as pessoas que estavam na multidão que há três dias encontram-se na “Praça França de Altamira”.



Esta ação teve o êxito esperado pelo governo, já que os civis, desarmados como estão, não tiveram outra opção a não ser abandonar a praça. Vi, através da rede de tv CNN Espanhol (não confiável mas a única latina acessível aqui no Brasil), um verdadeiro cenário de guerra. Pessoas sendo carregadas para dentro de ambulâncias, militares correndo para todos os lados, e muitas pessoas deitadas no chão. Algumas, em uma corrente humana caminhavam agachadas e de mãos dadas, tentando fugir daquele lugar que antes fora uma praça pacífica, agora, um campo de batalha.



Segundo constatou o repórter Edward Rodríguez, uma menina de 7 anos ou uma jovem de 17 anos de idade é uma das vítimas fatais do tiroteio registrado na Praça França de Altamira no centro de Caracas. Segundo um parecer preliminar, o tiroteio partiu de dois homens infiltrados na multidão opositora. Ángel Martínez, diretor da Proteção Civil confirmou a cruenta cifra do audacioso ataque, ao que tudo indica, por seguidores do oficialismo. O repórter informou, ainda, que um dos possíveis autores desse massacre foi detido.



De acordo com diferentes versões dos presentes, dois homens abriram fogo a queima roupa contra os manifestantes opositores que elevavam suas vozes em protesto no referido lugar. Entre os feridos encontram-se jovens, crianças, adultos e pessoas idosas. Em breve declaração oferecida à El Observador, o contra-almirante Daniel Comiso fez um urgente chamado à Força Armada Nacional (FAN), para que impeça que o oficialismo continue massacrando mais venezuelanos: ”Estão massacrando gente desarmada em Altamira... Maldita revolução!... Reajam!”, gritou enfurecido o militar.



Importante salientar que enquanto todos os canais de televisão informavam ao país e ao mundo a grave situação que estava acontecendo em Altamira, o canal do Estado limitava-se em entrevistar os fiéis militantes da revolução, além de promover uma marcha em apoio a Chávez.



Notícias mais recentes me chegam enquanto escrevo. A indústria petroleira está quase totalmente paralizada; há 8 navios petroleiros paralizados. Chávez disse que a Infantaria da marinha tomaria os tanques, porém até agora a Infantaria da Marinha não se pronunciou.



A Guarda Nacional vem reprimindo ferozmente as manifestações usando gás lacrimogênio com até 8 anos de vencido. Chávez já foi acusado por violação aos Diretos Humanos, ante a Corte Suprema, entretanto, os juízes foram indicados por ele a dedo e dificilmente farão alguma coisa por hora.



O jornal El Universal de Caracas informa que a Associação dos Pilotos Comerciais resolveu aderir à parada cívico-nacional, ante a militarização do setor e ás ameaças de repressão aos marinheiros mercantes que paralizaram o transporte petroleiro. O presidente da Associação de Pilotos Aéreos, Mario Caires, anunciou a decisão de incorporar-se à greve e que começaram os preparativos para atuar de maneira conjunta com outros profissionais da área como mecânicos, técnicos e controladores aéreos. Chamamos os pilotos para somarem-se à greve porque não estamos dispostos a continuar com o abuso do governo com nossos irmãos do mar da militarização da aviação comercial e da Marinha Mercante”, disse Caires a uma emissora local. A paralização da refinaria Amuay-Cardon, considerada uma das maiores do mundo, localizada no estado Falcón e a quase totalidade da frota petroleira, começou a fazer sentir os seus efeitos em postos de gasolina em várias partes do país,onde já começou a escassear o combustível.



Outra notícia que chega incrimina ainda mais o presidente Hugo Chávez. Vários jornalistas obtiveram na sede do Hotel Meliá de Caracas, uma gravação realizada por um coronel do Exército que encontra-se em Fuerte Tiuna, onde informava sobre a suposta implementação por parte do presidente da república do Plano Ávila, bem como as ordens ára que o grupo de Ações Especiais da Guarda Nacional disparasse contra as manifestações opositoras.



De Miraflores estão mandando, o cidadão presidente da República, se é que se pode chamá-lo assim, dando órdens de “Plano Ávila, Plano Ávila...” Sabemos que ele está retido em Fuerte Tiuma, não o deixam sair e iam atacar direto as pessoas na Praça Altamira. O cidadão presidente, se é que se pode chamar assim, está dando entrevista pelo canal Fuerte Tiuna para tratar de ativar aqui o Plano Ávila...



Eu havia indicado do Fuerte Tiuna naquela vez , que havia a saída do Batalhão Ayala, da administração de Caracas, que o grupo de Ações especiais da Guarda Nacional iam atuar... vão em trajes civis em moto, e calçam uns tênis tipo Adidas porém esses são os franco-atiradores que estavam no Edifícil Adriática.



Estou em Fuerte Tiuna... Estou monitorado porque o cidadão presidente quer agora utilizar isto, para ativar o Plan Ávila, estou aqui tratando de comunicar-me com o Gen. Néstor Gonzalez, porém pode não estar de acordo com ele, nessa situação toda...”



Essa é mais uma escalada no terror anunciado por Chávez que não declarou que não renunciará, aconteça o que acontecer, e que já deu ordens ao Exército para que ”atue".





sexta-feira, 6 de dezembro de 2002

O Notalatina pede desculpas por não ter sido editado ontem, em virtude de problemas técnicos.



O Notalatina de hoje aborda três temas aparentemente isolados, mas que mantêm relações muito próximas entre si: o Foro de São Paulo, as FARC e a situação caótica da Venezuela.



Da Venezuela um amigo me informa que ontem (04.12) a Guarda Nacional atacou ferozmente em vários lugares, os pacíficos manifestantes, usando gás lacrimogênio vencido há três anos, o que é, sem dúvida, uma ação criminosa. O fabricante informa que esse gás, vencido, é toxico e não deve ser usado. Em consequência disso, ficaram feridos cidadãos comuns e vários jornalistas, alguns “teoricamente” protegidos pela OEA.



Hoje (05.12) a situação não foi muito melhor. Os organizadores da marcha opositora que partiria de Chuao até El Bosque viram-se em apuros quando um grupo de pessoas, sem esperar a ordem de partida, decidiram mobilizar-se por conta própria. Os prefeitos de Chacao e Baruta, junto com um contingente de motorizados conseguiram deter estas pessoas e impedir que continuassem avançando. Estão todos com os nervos à flor da pele, o mediador César Gaviria nada resolve e o delinquente Chávez continua usando de golpe baixo contra aqueles que se lhe opõem.



De Bogotá, as FARC fazem exigências e contam com o apoio do Foro de São Paulo, cuja nota foi divulgada aqui ontem. E de Cuba, chega o repúdio ao movimento grevista para depôr o delinquente Hugo Chávez, ou iniciar novas eleiões no país. As notícias de hoje foram retiradas dos jornais El Nuevo Herald, de Miami e do Granma - Nacional noticioso oficial da ilha-cárcere.



AS FARC EXIGEM UMA ZONA DESMILITARIZADA



Agência France Press – Bogotá



As FARC reiteraram sua exigência de deocupar os departamentos cocaleiros fronteiriços com Equador e Peru, e o desmantelamento dos grupos para-militares como condição para iniciar um plano de paz, em uma carta enviada ao Foro de São Paulo acontecido na Guatemala.



”Nossa proposta é concreta: retomar a agenda assinada nos (falidos) diálogos com o governo de Andrés Pastrana (1989-2002) e desenvolvê-la de imediato no país e com a participação ativa das organizações sociais e populares, para o qual é necessário que existam as garantias precisas como a desocupação dos departamentos de Putumayo e Caquetá”, assinalou o grupo rebelde.



As FARC também exigem “excluir da linguagem dos funcionários oficiais os qualificativos de ‘terroristas e narco-terroristas’ para referir-se a nossa organização (e) uma política clara do governo, para erradicar o para-militarismo como política oficial do Estado, financiado com dinheiros do tráfico de drogas, da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) e alguns industriais”.



Em sua carta ao Foro de São Paulo, assinada pelo porta-voz e ex-negociador de paz das FARC, Raúl Reyes, o movimento insurgente manifestou não haver tido “atá hoje nenhuma resposta, nenhuma menção” à sua resposta de paz , por parte do governo do presidente Alvaro Uribe.



”Tudo o que este governo tem dito em torno de tão importante problema do povo colombiano é que a ONU será mediadora, sem sequer consultar as FARC”, assinalaram os guerrilheiros, que também acusaram o alto comissariado de paz do executivo, Luis Carlos Restrepo, de ”limitar-se a enganar os colombianos em convivência” com os funcionários do organismo mundial.



Assim mesmo, as FARC afirmaram que a administração de Uribe está enganando os colombianos no tema de um intercâmbio de civis e militares no poder dessa guerrilha por insurgentes presos, e reiteraram seu repúdio à presença de militares americanos na Colômbia. Os rebeldes denunciaram em outras oportunidades que pilotos americanos participam nas ações contra-guerrilheiras das Forças Armadas colombianas.



A carta so Foro de São Paulo foi difundida pela internet, no mesmo dia em que o secretário de Estado Colin Powell se encontrava em visita oficial em Bogotá, expressando apoio à luta anti-drogas e contra-insurgente de Uribe, na qual Washington contribui com U$ 2.000 milhões em ajuda econômica e militar através do Plano Colômbia



O grupo guerrilheiro já havia feito essa exigência para empreender um plano de paz em maio passado, porém, Uribe recusou prontamente a possibilidade de desocupar Caquetá e Putumayo, dois departamentos com uma área total de mais de 100.000 km², e que são os principais produtores de coca do país.



DEMONSTRAÇÕES DE REPÚDIO À DEBILITADA PARADA GOLPISTA NA VENEZUELA



CARACAS, 4 de dezembro – Milhares de partidários do presidente venezuelano Hugo Chávez, se concetraram em uma praça de caracas para reafirmar seu repudio à parada nacional encabeçada pela oposição chavista, informou Prensa Latina



A demonstração foi convocada pelas organizações políticas que respadam o processo de mudanças e expressam seu repúdio ao que qualificam de plano golpista opositor, do qual é parte a paralização iniciada na segunda-feira passada.



Vários deputados da Assembléia Nacional (Parlamento) falaram à população assinalando que o objetivo da parada é adiantar um projeto desestabilizador do país que facilite, posteriormente, a tentativa de um golpe de Estado.



Atos similares foram levados a cabo em capitais de estados do interior da nação, reportando-se incidentes nas centro-ocidentais Lara e Carabobo.



Enquanto isso, a terceira jornada da parada nacional convocada pela oposição venezuelana se desenvolveu hoje, sob denúncias do Governo sobre seu caráter desestabilizador e golpista.



Prensa Latina informou que apesar do débil respaldo alcançado na véspera pela paralização, a chamada Coordenadora Democrática, que agrupa as organizações opositoras, decidiu continuar com a greve, porém na modalidade ativa com seus partidários nas ruas. Esta tática, posta em prática desde ontem, foi a que originou durante a terça-feira distúrbios em vários pontos da zona leste desta capital, área onde residem cidadãos de maior poder aquisitivo.



Vários deputados da governamental Movimento V República denunciaram publicamente a existência de um projeto para executar atentados contra personalidades do Governo e a oposição a fim de aprofundar a desestabilização.



Uma manifestação realizada hoje, convocada pelos opositores, chegou até o hotel onde se hospeda o secretário geral da OEA, César Gaviria, cobrando a aplicação da Carta Democrática da OEA, por uma suposta violação desse texto na Venezuela.



Nota: Esse artigo foi retirado do jornal Granma, o informativo oficial cubano. Observem como ele é truculento. Qualquer pessoa desinformada sobre “quem” é o delinquente Hugo Chávez, ao ler essa matéria vai imediatamente se posicionar a seu favor, quando na verdade, ele é o causador de todo o malefício e miséria que têm imperado hoje, naquele infeliz país.



quarta-feira, 4 de dezembro de 2002

Cada dia fica mais engraçado o esforço hercúleo do PT, para disfarçar suas alianças sinistras com com guerrilheiros e narco-terroristas. O deputado Paulo Delgado foi representando o partido no XI Foro de São Paulo, pois não era conveniente a exposição do “Líder Máximo” ainda nesse momento de transição. No site do partido encontramos hoje essa nota:



”O deputado Paulo Delgado (PT-MG) está nesta semana em Antigua, na Guatemala, onde representará o PT no 11º Foro de São Paulo. O Foro é um canal de debate e intercâmbio entre partidos de esquerda na América Latina.



Delgado disse que irá enfatizar em seu discurso o crescimento da democracia na América Latina, com a rotina democrática se tornando a regra de acesso ao poder e o respeito aos resultados eleitorais. Ele afirmou ainda que irá defender a busca da paz na Colômbia, a importância de uma solução negociada para a crise da Argentina e condenará o ambiente golpista na Venezuela".



Entretanto, tomei conhecimento através de um bom amigo, de uma nota veiculada no JB-Online, em que o “ex-negociador da paz” das FARC mandou uma cartinha aos seus “muy buenos compañeros Lula, Chávez e Gutiérrez”, o mais novo eleito presidente do Equador, também esquerdista e membro do tal “canal de debate e intercâmbio” chamado Foro de São Paulo. A “piada” nisso tudo é que, tão logo essa nota começou a se espalhar pela Internet, foi cirurgicamente removida do referido site. O povo não precisa (nem deve) saber dessas coisas, foi o que concluí, por isso a reproduzo aqui, com muito prazer, cumprindo o papel que deveria ser daqueles que pregam a “ética, a transparência e a moralidade”.



Ainda nessa edição, mais um contundente artigo de Myles Kantor, dessa vez num apelo dirigido aos líderes judeus para que defendam seus irmãos cubanos, esmagados pela ditadura e pelo preconceito .



FARC APÓIAM LULA, GUTIÉRREZ, PALESTINA E POVO ARGENTINO



BOGOTÁ - As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) lançaram um manifesto de solidariedade a Cuba, à Venezuela, ao povo argentino, à Palestina e aos futuros presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Equador, Lucio Gutiérrez, em uma carta enviada ao Fórum de São Paulo, que acontece na Guatemala.



"Manifestamos nossa solidariedade com o regime socialista de Cuba, com a Venezuela bolivariana, com o Brasil e com o Equador, onde, em uma mostra de rebeldia, os povos elegeram Luiz Inácio Lula da Silva e Lucio Gutiérrez presidentes, e com o povo argentino que enfrenta uma crise econômica. Também somos a favor da recuperação da soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas", disse a carta, datada de 4 de dezembro e difundida pela internet.



A carta foi assinada na clandestinidade pelo chefe da Comissão Internacional e ex-negociador de paz das FARC, Raúl Reyes. O texto diz que os rebeldes acompanham "todas as demonstrações de repúdio ao modelo neoliberal e pela defesa dos direitos fundamentais dos povos, uns cerceados e outros negados por sistemas capitalistas".



"Não podemos deixar de mencionar nosso apoio ao povo palestino e a todos os que lutam pela libertação nacional", enfatizou a carta.



As FARC também afirmaram na carta que "na chamada luta contra o terrorismo, o império americano continua agredindo os povos do mundo, para garantir a defesa de seus interesses em assuntos como recursos energéticos, água e biodiversidade".



"Esta suposta luta contra o terrorismo serve de pretexto para combater as lutas dos povos por sua libertação nacional econômica, política e social", afirmou o documento.



LÍDERES JUDEUS: DEFENDAM SEUS IRMÃOS CUBANOS!



Por Myles Kantor

FrontPage Magazine.com 24 de setembro de 2002

Nota: Abraham Foxman é Diretor Nacional da Liga de Anti-Difamação, e Richard Heideman é Presidente da B’nai B’rith Internacional.



Prezados Srs Foxman e Heideman. Creio que os senhores ouviram falar dos homens-bomba na última semana em Israel, que mataram sete e feriram mais de 50 (“feridos”, o que pode significar desde pequenas lacerações até perda de membros). Gostaria que os senhores imaginassem o que é ser um Judeu num País cuja mídia descreve estas atrocidades como “conseqüência da escalada de violência provocada pela política Sionista”. Neste País não se pode escrever uma carta ao Editor ou fazer reuniões de protesto. Se alguém protesta pode ser preso por fazer “propaganda inimiga” ou “desrespeito”. Isto é ser um Judeu em Cuba. A citação acima (sobre a provocação da violência) é da edição de 19 de setembro do Granma International (órgão oficial do Partido Comunista Cubano). Neste ano, o Granma também acusou Israel de genocídio e comparou o Primeiro Ministro Israelense Ariel Sharon a Adolf Hitler. (Para não ser demasiado extenso, deixarei de enumerar outras alegações da mídia cubana em 2002).



Sendo uma publicação controlada pelo Estado, o Granma reflete a opinião do autocrata Fidel Castro, há 43 anos no poder. Em setembro último, na Conferência das Nações Unidas contra o Racismo, em Durban, África do sul, Castro falou do “genocídio terrível perpetrado, neste exato momento, contra nossos irmãos Palestinos”. Castro não poderia ter sido mais coerente com seu ódio à pátria Judia. Ele mandou milhares de soldados para ajudar a agressão Síria contra Israel na Guerra do Yom Kippur em 1973; recepcionou efusivamente Yasser Arafat em Cuba, em 1974; e apoiou a infame resolução de 1975 da ONU que considerou o Sionismo como uma forma de racismo (e se opôs à sua revogação em 1991).



Na década de 80 Cuba publicou livros como Sionismo: O Fascismo da Estrela de David e A Outra Face: A Verdade sobre as Relações Secretas entre Nazismo e Sionismo. O reconhecido expert Irving Louis Horowitz destacou no número de primavera (outono no Hemisfério Sul) de 2002 do The National Interest: “Continua o treinamento de guerrilheiros da Organização de Libertação da Palestina e o fornecimento de armas (em Cuba)”. Como alguém pode se sentir sendo um Judeu em Cuba? Como se sentiria ouvindo regularmente Israel sendo comparada com a Alemanha Nazista, sem poder dizer nada? Sr Heideman, o senhor disse que a B’nai B’rith é a maior organização de judaica de direitos humanos do mundo. Sr Foxman, a Liga Anti-Difamação se auto-intitula de “a organização mundial mais importante no combate ao anti-Semitismo, através de programas e serviços que contra-atacam o ódio, o preconceito e a intolerância”. O Senhor declarou, perante a Sub-Comissão para o Oriente Médio da Câmara de Representantes (dos EUA), no dia 18 de abril, “Nós Americanos, que valorizamos nossa liberdade de expressão e de imprensa, conhecemos muito bem o poder das palavras. Como um sobrevivente do Holocausto, eu conheço muito bem o poder das palavras”. Por que, Sr Heideman, o senhor não protestou contra a sistemática violação dos direitos humanos dos Judeus cubanos? Por que o Sr não denunciou as venenosas palavras do Granma, Sr Foxman?



O prisioneiro de consciência cubano, Dr Oscar Elias Biscet, escreveu em janeiro de 1999, uma carta para Coretta Scott King dizendo que “Os meios de comunicação de massa (cubanos) manifestam amplamente seu anti-Semitismo. O Governo é claramente parcial e preconceituoso a favor dos Árabes, ao mesmo tempo em que promove o desprezo pelos Israelitas”. O Judeu cubano Tony Fune, declarou corajosamente: “não temos liberdade de falar, nem liberdade de imprensa, nem de viajar, nem de escolher a educação de nossos filhos. E acho que isto não está certo”.



O que dizer, quando cativos do totalitarismo protestam e Judeus influentes nada dizem? O que dizer, quando estes mesmos Judeus ignoram o regime mais anti-Sionista do Hemisfério Ocidental, situado a apenas 90 milhas dos EUA? Não me surpreende que os neo-Nazistas não denunciem a campanha de Fidel Castro de ataque à legitimidade de Israel. Não me surpreende que eles não denunciem os Judeus cubanos cativos. Não espero que os defensores de Hitler se mostrem indignados. Mas espero tudo isto dos senhores. Por favor, protestem e defendam nossos irmãos cubanos. Por favor, digam o que eles não podem dizer por si mesmos.



Myles Kantor é colunista do FrontPageMagazine.com e Diretor do Centro para a Liberdade de Emigração, uma organização de direitos humanos dedicada à abolição da escravidão estatal. Seu e-mail address é kantor@FreeEmigration.com



Tradução: Heitor De Paola



terça-feira, 3 de dezembro de 2002

Poucas notícias nos chegam da situação da Venezuela e do XI Foro de São Paulo. No país vizinho muito alvoroço nas ruas, mas nenhum acontecimento mais relevante. As informações são contraditórias e cada lado afirma que teve maioria em seu intento. O delinqüente Chávez continua com aquele ar de campeão imbatível levando a vida como se nada estivesse acontecendo, em sua vida e em seu país; já anunciou sua vinda ao Brasil entre quinta e sexta-feira dessa semana, para um encontro em Brasília com os países membros do paciente terminal Mercosul.



E enquanto isso, o Sr. da Silva já aterrisou no Chile, onde fez um discurso nos mesmos moldes daqueles dos tempos de campanha, onde destaco um trecho que reflete toda a incoerência entre palavras e ações:

”Não há plena cidadania se os seres humanos estão separados por brutais desigualdades econômicas e sociais. A miséria que faz de dezenas de milhões de homens e mulheres verdadeiros párias não pode ser tolerada.

E mais adiante:

Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força”.(O discurso completo pode ser encontrado no site do PT www.pt.org.br)



Apesar disso, continua idolatrando o mais sanguinário de todos os ditadores que o mundo já conheceu, o senil psicopata infra-humano Fidel Castro, e onde as tais desigualdades sociais que levam à miséria absoluta, são as mais gritantes. E mesmo sendo frequentador assíduo da ilha-cárcere, ele nunca enxergou isso e não enxergou porque concorda com a escravização e tortura daqueles que são contra o seu ídolo e seu regime genocida.



Mas, dando sequência, o Notalatina apresenta um artigo de Myles Kantor em que ele reafirma e denuncia as relações cúmplices e fraternas (se é que dois demônios podem saber o que significa esse termo) entre Fidel Castro e Saddan Hussein, e o ódio que eles nutrem e alimentam fartamente contra os judeus, numa tradução generosa do meu amigo Heitor De Paola.



O EIXO BAGHDAD-HAVANA DE ÓDIO AOS JUDEUS



Por Myles Kantor

FrontPageMagazine.com - 5 de novembro de 2002



O mais leal e sólido aliado de Saddam Hussein está a 90 milhas da costa Americana e seu nome é Fidel Castro. No final da década de 80, o cirurgião ortopédico cubano Rodrigo Alvarez Cambras removeu um tumor letal das costas de Hussein. Cambras - que coincidentemente é o chefe da Associação de Amizade Cubano-Iraquiana – foi generosamente recompensado por Saddam e doou todo o dinheiro para Castro, recebendo uma mansão em Miramar, área nobre de Havana. Cambras visitou Baghdad em julho para levar uma mensagem de Castro a Saddam. O déspota cubano, no poder há 43 anos, expressou “a solidariedade de Cuba” a Hussein e cumprimentou-o pelo 34º aniversário do golpe do Partido Ba’ath, socialista, no Iraque.



Castro e Saddam têm similaridades óbvias. Ambos escravizam seus países, promovem terrorismo e detestam os EUA. Mas um outro traço os une: o ódio aos Judeus, manifestado particularmente contra a pátria dos mesmos, Israel. A hostilidade de Saddam é infame. Ele é o homem que atacou Israel com 39 mísseis Scud em 1991. É o homem que manda cheques para as famílias dos homens-bomba que massacram civis israelenses. De forma bem característica afirmou em 28 de setembro: “.....atacando o Iraque a administração americana está agindo em benefício do Sionismo, que vem matando o heróico povo da Palestina, destruindo sua propriedade, assassinando suas crianças, e tentando impor sua dominação no mundo todo”.



E o que pensa Castro de Israel? Em junho último, em Havana, Castro comandou uma passeata de aproximadamente 10.000 pessoas para protestar contra o “genocídio” levado a cabo por Israel. O movimento culminou com uma semana de atividades de “solidariedade à Palestina” organizada pelo regime. Um estudante que estava presente declarou: “Exigimos o fim do genocídio contra nossos irmãos Árabes. Vida longa ao heróico povo Palestino! Vida longa aos povos Árabes que lutam contra o imperialismo! Socialismo ou morte!” Em setembro, na “Conferência Mundial contra o Racismo”, em Durban, África do Sul, Castro referiu-se ao “continuado genocídio contra o povo Palestino". No último mês de março, durante um discurso televisionado em Havana, ele referiu-se aos “brutais e revoltantes massacres efetuados pelo Estado de Israel....contra o povo da Palestina”. Da mesma forma os meios de comunicação cubanos descrevem regularmente Israel como um regime nazista. (Um dos livros anti-Israel recentemente publicados em Cuba é intitulado “Sionismo: o Fascismo da Estrela de David”). A Rádio Rebelde fala “dos Judeus que agora praticam genocídio contra os Palestinos” (3/9/01); o Jornal Granma International mostra manchetes como “Sharon anuncia a continuação do holocausto Palestino” (9/4/02); “Cruzada de Washington e Tel Aviv contra o povo Árabe” (21/8/02), e “Continua o genocídio de Israel contra o povo Palestino”. (30/8/02)



O anti-Sionismo de Saddam e Fidel freqüentemente leva a tentativas conjuntas de mostrar a ilegitimidade do Estado de Israel. Por exemplo, em 1991 ambos os países votaram contra a anulação da resolução da ONU que equacionava Sionismo com racismo. (Cuba e Iraque apresentaram em conjunto esta resolução em 1975). A Agência de Notícias do Iraque publicou que, quando da visita de Cambras para o aniversário de Saddam em abril, quando o último “condenou os crimes Sionistas contra nosso povo na Palestina”, Cambras descreveu-os como “crimes nazistas... pediu ao mundo e seus governos que tomassem atitudes decisivas contra os crimes dos agressores Sionistas”.



Como Saddam, Fidel há muito tempo apóia agressões contra Israel. Desde o envio de milhares de tropas para ajudar a Síria na Guerra do Yom Kippur em 1973, até o atual treinamento de terroristas Palestinos, Castro está na vanguarda da violência anti-Sionista. (O mais notório terrorista treinado em Cuba foi Illich Ramirez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal) Mais de 90% dos Judeus cubanos fugiram desde a revolução comunista e aqueles que permanecem não conseguem vencer a barreira de maledicências contra Israel. Se eles criticam Castro ou sua política externa podem ser acusados de “crimes” como “desrespeito” e “propaganda inimiga”. O Judeu cubano Tony Fune observou “que não temos liberdade de falar, nem liberdade de imprensa, nem de viajar, nem de escolher a educação nossos filhos. E acho que isto não está certo”. A Liga de Anti-Difamação, auto denominada “a maior organização mundial que combate o anti-Semitismo”, nunca publicou uma linha sequer sobre nossa situação. A B’nai B’rith, “a mais conhecida organização judaica de direitos humanos”, ignora a sistemática violação dos direitos humanos dos Judeus em Cuba. De fato, a B’nai B’rith planeja visitar Cuba em dezembro, levando dinheiro para um arqui-inimigo da pátria Judaica. O Presidente Bush fala sobre a mudança de regime no Iraque. O parceiro terrorista de Saddam, em Havana, merece o mesmo, e os Judeus cativos em Cuba merecem a solidariedade de seus irmãos em liberdade.



Myles Kantor é colunista do FrontPageMagazine.com e Diretor do Centro para a

Liberdade de Emigração
, uma organização de direitos humanos dedicada à abolição da escravidão estatal. Seu e-mail address é kantor@FreeEmigration.com



Tradução: Heitor De Paola



Dezembro começa com grandes tensões na América Latina. Hoje foi a abertura do XI Foro de São Paulo e o início da greve geral na Venezuela, convocada por aqueles que fazem oposição ao delinquente presidente Hugo Chávez e que se constitui, hoje, uma parcela de quase 70% da população.



É interessante notar a trajetória dessa criatura, cujo discurso e métodos populistas nos fazem lembrar em muitas coisas o nosso eleito. Chávez teve 56% nas urnas, cujo percentual é composto, em grande parte, de eleitores que apenas votaram nele como revide ao descontentamento com o governante que lhe antecedeu. Porém, após a sua reeleição em 2000, suas medidas impopulares e socialistas começaram a aparecer, levando o país ao fundo do poço, onde o único crescimento real se deu na miséria e no desemprego, como é normal em regimes socialistas/comunistas. Aliás, se tem uma coisa eles sabem fazer bem, é distribuir a miséria. Alheia, porque eles passam muitíssimo bem, obrigada.



Apesar disso, Chávez continua fingindo que a história não é com ele. Viaja a tudo que é evento: esteve há pouco tempo na República Dominicana, para a Cúpula Iberoamericana, e nesse fim de semana esteve em Quito, onde conferenciou e tirou fotos com o ditador assassino Fidel Castro. Antes esteve com o presidente Uribe, da Colômbia, tentando encontrar uma saída para a questão das guerrilhas que estão acabando com aquele país. Isso parece piada, pois ele não só é amigo das FARC e ELN, como lhes fornece apoio bélico e logístico. E hoje, certamente, deve ter ido à Guatemala para participar do Foro de São Paulo, donde é membro desde 1992, após ser liberado da prisão, e de onde foi agraciado com o apoio do ditador Castro que o levou ao poder por dois mandatos sucessivos em seu país.



E o PT recorre a uma estratégia tola, de tentar tapar o sol com a peneira, “evitando” a presença do “ungido” na reunião da organização do qual é fundador e membro ativíssimo, o Foro de São Paulo. Eles costumam fazer jogo de palavras e disseram que por “cautela”, o “presidente das multidões” não iria participar desse encontro. Mentira, mais uma vez. Isso eu chamo de estratégia, para esticar o máximo possível a conversa fiada de que não há relação alguma entre o sr. da Silva e a tal organização. Foi assim durante a campanha que lhe entregou o Poder que tanto almejava. Cautela com o quê? Mandaram o homem para a Argentina, para tratar de assuntos do Mercosul.



Tudo bem; o Mercosul existe, é concreto e é de interesse real desse novo governo que gosta de acreditar que ressuscita defuntos, afinal, o eleito também já é visto como “o messias prometido”, o “salvador da pátria”. Mas eles continuam tentando enganar o povo. O Mercosul podia esperar, ora! Mas ocorre que o turvamento de visão do povo idiota que o elegeu tem que ser mantido, pois ainda é muito cedo para mostrar, de fato, a que veio e a quem serve. Então, vamos pôr mais areia nos olhos do povo que além de cego, continua drogado e em transe.



Amanhã espero ter notícia desses dois eventos, pois hoje os jornais apenas anunciavam que iriam acontecer, sem maiores detalhes.



Mas hoje o Notalatina traz mais uma denúncia da exploração do monstro do Caribe, com seus concidadãos, só que dessa vez exportando mão-de-obra escrava, para a Espanha. Dentre o débito de crimes desse inominável e desqualificado ditador, pesa mais esse em seu currículo, manchado de sangue e desumanidade. Vejam a matéria do Libertad Digital.



CASTRO JÁ NÃO EXPLORARÁ SEUS ESCRAVOS NA ESPANHA



Por Víctor Llano – Libertad Digital – Madri



Depois que Libertad Digital revelou as deploráveis condições laborativas dos trabalhadores de Castro em nosso país, fontes diplomáticas confirmaram a este periódico que, uma vez ivestigada a empresa cubana UNECA pela Inspeção de Trabalho e Seguridade Social, foram feitas as atas correspondentes e foram recusadas todas as solicitações de permissão de trabalho, tramitadas por aquela empresa.



A máfia castrista terá que imaginar outro ardil para explorar seus trabalhadores na Espanha. Talvez não lhe seja difícil, porém, não será mais na UNECA. Já não poderá utilizar esta empresa de construção para financiar sua tirania, servindo-se do esforço de centenas de pedreiros qualificados que enviava à Espanha para trabalhar por um salário que, no melhor dos casos, não chegava a 50.000 pesetas.



Apesar de estes trabalhadores temerem que o regime comunista cubano faça represálias contra seus familiares – reféns de Castro no que eles chamam de “a prisão grande” –, Libertad Digital pode falar com alguns deles que pediram asilo humanitário em Madri e que jamais se atreveram a revelar sua situação às autoridades espanholas. Não podiam permitir-se o luxo de que o governo que os explorava lesse seus nomes em uma denúncia, porém nos relataram sua experiência: ”Aterrizamos no aeroporto de Barajas um sábado às oito da manhã. Nos colocaram em um furgão e nos levaram à Alicante. Sete de nós fomos deixado em um andar de um prédio e nos informaram que o aluguel corria por nossa conta e que, no dia seguinte – domingo – nos incorporaríamos ao trabalho. Às sete da manhã vieram nos buscar e nos fizeram trabalhar doze horas sem descanso. Depois da viagem estávamos mortos de cansaço, porém pareciam ter muita pressa em que terminássemos o chalé que construímos”. Quem nos contava isso era, segundo o contrato que assinou em Havana com a UNECA, um pedreiro A, todavia, em nosso país seu salário não chegava a 50.000 pesetas mensais. O regime comunista ficava com três quartas partes do que devia ser seu salário. Outros compatriotas seus – por volta de uns 80 – trabalharam nas ilhas Canárias doze horas diárias, perceberam por seu esforço 30.000 pesetas e viveram em barracões constantemente vigiados pelos capatazes da empresa que lhe havia enviado à ilha.



Quando denunciamos estes absrudos aos sindicatos espanhóis, vários de seus responsáveis nos asseguraram que tinham ouvido falar dos “cubanos da UNECA”, porém tinham que ser eles os que denunciassem seu empregador ante as autoridades espanholas. Algum dos sindicalistas nos chegou a dizer que os trabalhadores de Cuba tinham sorte por trabalhar no estrangeiro.



Não quiseram saber do seu medo. Ao suposto progresso espanhol custa muito admitir que Fidel Castro é, não só um tirano da pior espécie, como também um vulgar explorador que necessita de milhares de milhões de dólares para financiar a repressão que lhe permite permanecer no poder, e não hesita em explorar seus súditos naqueles países que assim lho permitam.



Segundo sua web page, a Unión de Empresas Constructoras del Caribe (UNECA) foi criada em Cuba no ano de 1978 e desde 1984 opera em mais de vinte países, entre eles Líbia, Iraque, Tanzânia, Angola, Ghana, Congo, Portugal, México, República Tcheca, Argélia, Peru e Moçambique. Na Espanha uniu-se temporariamente ao menos com duas empresas IMASA e CONECA S.A



Os responsáveis pela UNECA asseguram em sua página da Internet que contam com mais de 50.000 “construtores”. Os irmãos Castro e seus cúmplices não podem conformar-se com menos. Cuba se lhes ficou pequena e a oinipresente ruína de sua economia lhes obrigou a explorar a escravidão. Porém não são eles os únicos responsáveis por esta canalhice; também teriam que responder ante a justiça, os governos que são tidos por democráticos e permitem que em seu território se expolre centenas de cubanos em benfício de um sátrapa e de uma máfia que lhe assiste.